Se fosse pra lhe dizer algo diria, para não se afastar da cidade, só por se afastar, porem naquele momento nenhuma palavra ou pessoa podia lhe alcançar, a rodovia era escura assim como era obscuro os pensamentos daquela pessoa perdida, o cheiro de combustível invadia o ambiente, o motor estava no limite ou quem sabe além do limite, limites mesmo não existiam, pra quem nem se quer sabia pra onde ia ou de onde vinha, quem sabe visitar aqueles velhos amigos que algum tempo atrás já estiveram mortos, e tentar fazer um velho horrorshow que há tempos não fazia, fazer as velhas misturas que lhe fazia perder o sentido, perder os motivos e quando já estava longe demais, longe de tudo, ainda tinha um telefone que tocava e lhe chamava, chamava?,
pra onde?, pra que? e como se fosse instintivo aceitou o convite ou quem sabe a chamada e lá encontrou os amigos do momento e também as coisas do momento, só não encontrava o momento, o momento de partir e como se fosse um filme antigo o telefone chama de novo e logo ninguém daquele lugar poderia lhe tocar a unica coisa que ainda tocaria era o telefone porem momentos mais tarde nem telefone, nem toque, nem chamada, poderia lhe alcançar estaria ao mesmo tempo longe demais e próximo demais, estaria em uma vitrine ou quem sabe esperando um taxi, taxis que nunca saberiam, parar onde se encontrava quem sabe porque já não se encontrava em lugar nenhum e em tempo nenhum.... se encontrava perdido dentro de seu corpo, seu corpo expulsava tudo com uma mistura alucinogena de todos os liquidos contidos em um corpo, talvez aquela fosse a hora do fim, porem não foi... continua na vida

Trevas

Mundo em escuridão

Cacos, explosões

Pernas e braços nos ares

Vísceras no chão

Sangue escorrendo na parede

Corpo estendido na sala

Pendurado por um fio

Rosto com suave toque de roxo

Nervos duros

Tudo paralisado

Pulmões transbordando água

Copo inchado

Levitando

Suspenso

Ontem fugi

E isso foi

Para nunca mais voltar

Tudo aquilo foi bom

Durante certo tempo

Tive muito prazer

Agora vivo na podridão

Junto aos tapurus

Vomito sangue

Menstruo pus

Mastigo a sociedade

Ingiro dejetos

Não faz mais sentido viver aqui

Te aguardo, dona Morte

- Estou em busca de prazer.

s/ titulo

Motivos desmotivados, levam escritas
sem noção de tempo, de lugar, de amor
ou sangue, motivos nunca foram suficientes
para escrever, escrevia simplismente por
querer escrever, escritas que tiveram o mesmo
efeito daquelas palavras ditas a 120km/h na rodovia
vazia, palavras que nunca serão ditas outra vez,
as palavras pronunciadas já não existem, quem disse
agora está doente, doença e ver tudo acontecer e nada fazer,
chega uma hora que voce sente vontade de gritar, de falar
o que sente, mas o que vai dizer?
poderia ter ajudado aquele cara atravessar a rua, mesmo que ele
não quisesse deveria obriga-lo, se ele insistisse em não atravessar a
rua, poderia mata-lo, pelo menos assim teria feito alguma coisa,
somos livres para ajudar quem quisermos a atravessar a rua,
ninguem é livre para escolher se quer ou não atravessa-la,
e quando voce acha que conseguiu ajudar alguem, tudo que está
na sua frente não passa de um cadaver, que logo desaparecerá,
e voce continuará sendo esse mesmo verme, sem cor, quando o sol
estiver muito forte e proximo de sua cabeça, voce comunicara as pessoas
que estão ao seu redor que o sol está quente, que o dia está quente, que faz calor,
e todos os outros vermes perceberão a mesma coisa e irão travar um grande dialogo
sobre o sol estar quente, quando voce não se encaixar mais na palavra voce, use voce para
alguem, se alguem não quiser o uso da palavra voce, entre em contato, te empresto armas
e obrigue, faça a violencia e o mundo continuará cheio de vermes, ideias que não passam de propagandas de protetor solar, porem agora tudo está sem controle e sentido, o ponto de vista
só depende de alguem que está deitado esperando o café, ou se alguem está com a mão queimada de tanto fazer café,
o sol queimou meu cerebro, agora ele vai te queimar, corra!

s/ titulo

Era madrugada, uma madurgada
igual as outras, porem essa talvez
não tivesse fim, mas teve fim igual
as outras, as madrugadas se tornaram,
um tanto grandes para se refletir, e no meio
de pensamentos vagos, por um instante
começou a ter medo,
medo de que?
isso não soube responder até que a luz
do sol voltasse a se espalhar, o ambiente
estava fechado e era seguro, porem começou,
a percerber que não havia ameaça externa, porem o
medo era grande, o suor começou a descer,
as mãos estavam tremulas, o medo vinha
de dentro assim como a ameaça, tinha medo,
o medo era de si, medo porque?
não sabia, só sabia que era forte e por
desespero, começou a pensar em como se
defender daquilo, correu em busca de armas,
se armou e se escondeu ainda mais, se bem que
queria fugir, fugir pra onde, fugir de que?
ficou ali naquele pequeno lugar onde mal podia
se mexer, e ali com armas na mão, começou a ter
alucinações, tudo girava, porem tudo continuava parado,
o frio começou a incomodar seu corpo, mas mesmo assim
o suor não parava, musicas marcantes começaram a se misturar
na sua cabeça, gritos de marte faziam sentir mais dor que o normal,
na cabeça, no estomago, o estomago já não aceitava mais nada, então
jogava tudo fora,
e a cabeça?
essa não podia jogar nada fora e aquilo que crescia sem parar
ficou insuportavel, as armas já se viravam contra si, e em uma tentativa
de acabar com toda aquela ameaça, lançou-se ao ataque, porem estava fraco,
tão fraco foram os ataques, mas mesmo assim o sangue corria, por um instante
esqueceu de tudo que o atormentava e ficou ali assistindo aquele liquido quente
escorrendo pelo corpo até que atingir o chão, tudo começou a voltar ao normal,
cuidou dos ferimentos, o dia já vinha pela frente, em pouco tempo estaria no trabalho,
as mentiras seriam aceitas, o telefone tocava, porem ligava para ele.

Quase amazônida

Eu falo do que vejo
do que noto
do norte
da morte

Eu falo de poesia
falo da fantasia
da quase afasia
do meu ser

Eu falo de noites
de sortes
de cortes abruptos
de um quase ter

Falo do Madeira
de Rondônia
da Amazônia
daquilo que você não vê

Eu falo daquilo que tenho
do errado que é aqui
Falo do meu Velho Porto
Da falta de um jardim

Tenho falado
da falta de voz
Tenho tentado ser
O que resta de nós

Sou bicho Quase
Sou coisa Quase
Sou quase amazônida
pedaço de terra queimada

Amazônnia

terreno seco
sem árvores, sem verde
medo
mudança...

Tudo passa
com o trem que trilha o caminho da mata

mata, que mata por falta
só lembranças
brancas, vagas
de trem que passa
O poeta que havia em mim
foi exterminado
por falta de vozes
por falta de abraços
morreu de frio
o coração gelado suicidou-se

Vem e me dê a mão
Tudo faz parte de um sonho
que já não sonhamos mais

Há resquícios de um ser
que nasce
por causa do sol
por causa da poesia
nasce afônico
e as palavras escorrem
como mel da minha boca

Joga o cobertor
Acende a lareira
que a vida está descendo um ladeira só

Poetas morrem a todo instante
bêbedos
pelo sabor da bebida errada
pelo estupor da palavreação
morre só
e um epitáfio se escreve
sobre o chão que engole a alma

Rasga a cortina
e deixa o sol entrar
Existe tanta coisa para consertar


A música que ora componho
não pode ser cantada
por vozes insipientes
por cordas desarraigadas
melodia nova
de um mundo que nasce
nos olhos de poeta que morre
Qual seria a essência da sua alma.
Seria você composto pelo conteúdo do bem ou grande parte de você é mal.
Você é perfeito?
você é imortal?

s/ titulo

Para o inicio disso, estou terminando,
terminando com tudo e com nada
todos os fins nos levam a novos horizontes,
não conheço o novo, esperança não define
as atitudes de quem nunca esperou, o fim
parecia longe a depressão parecia grande,
porém pequeno foi o ato de destruição entre
o términio e o inicio não houve espaço temporal
suficiente para se perceber a diferença, como se estivesse
em uma sala e entrasse para outra atraves da porta,
ali estaria o novo, e a sala anterior deixasse de existir,
começava então a ser imposto o novo, e não esperava
conviver com aquilo por muito tempo e a cada segundo
uma nova sala, e a cada nova sala uma nova vida,
vidas de um segundo o atormentavam e quando acreditava
que estaria voltando para algum lugar, estava na verdade
cada vez mais longe, longe mesmo estavam seus amigos,
que um segundo atrás devorava corações e nesse momento
precisavam de um pouco de carinho, alucinações sempre
seguiram o pobre cidadão de 7fghj5 e nunca conseguiu,
ter um momento mais duradouro que um segundo,
se tornava impossivel relatar algum acontecimento de
sua vida, não podia falar de uma vida que se encerrava
antes que pudesse dizer o que sentia, o que queria, o que temia,
o que sonhava, as portas se abriam antes que pudesse visualizar
o ambiente, e lá ia o cidadão sem cidade, sem historia, sem lugar, sem tempo,
o novo desconhecido, passava a ser rotina e o cotidiano não podia ser mudado
tudo era programado para não lembrar de nada, podia se chamar de instintivo
a atitude de sempre sair pela porta ou se entrar pela porta, não fazia diferença
os lugares eram exatamenter iguais, o problema que um lugar não era o outro
cada lugar era unico, o espaço é unico e ao mesmo tempo igual em 7fghj5,
entaõ se começa uma conspiração por diferenciar os lugares, e uma destruição
precisamente rapida, começa a arrancar os dentre e jogar no chão, para identificar
o espaço, depois os membros, cabeça, cabelos e logo o corpo inteiro está no mesmo
lugar novamente, na verdade todas as entradas e saidas davam no mesmo lugar,
e todo seu corpo destruido, na verdade estava construido, no mesmo lugar,
aquele espaço era vazio, era sem referencias nem mesmo se podia morrer ali,
porque vida e não vida era a mesma coisa e se tinha pressa para o novo, para o fim
para o novo começo e o novo fim.

s/ titulo

Enquanto a chuva caia, corriamos pelo
mundo em busca de nós, não saberiamos
ao certo o que buscavamos, porém nada haviamos
encontrado, dias longos finalizavam no desespero da
vida mal encontrada no porta-malas do carro, respirava o
corpo apanhado para oferta, nunca sabemos ao certo o que
estavamos fazendo só saberiamos que a respiração seria
finalizada em breve e aquele barulho assustador da
respiração fez com que encurtasse mais o tempo antes
da finalização, e não demorou muito pra que vc fosse ao trabalho
enquanto dirigia, e senti um ar frio do dia chuvoso entrando pelas
costas e gostaria de poder lhe falar algo mais vc estava ocupada e não
pode ouvir, estava traindo a nossa vitima, traiu o plano e não me avisou,
e naquela estrada molhada meu mundo se encerrou durante alguns minutos
ainda pode ver meu coração sendo levantado ao sol para a benção, nesse instante
percebia que o mundo mesmo nunca existiu e muito menos eu, e dessa aberração de
ver o coração fora percebi que vc não estava dentro dele, e pedi um acrescimo de tempo
pra me livrar de vc, do carro e do cara do porta malas, foram os crimes mais perfeitos,
até agora não acharam os suspeitos até porque tudo não passou de um sonho.....gtakdeid

s/ titulo

Não acreditava mais em voce,
quando me disse adeus, a deus pouco
pertencia daquele mundo escaloteado
por sua vida, dias vazios nunca foram
tão vazios, pra quem sempre teve noites
tão complexas, as noites não cabiam nas
noites, os dias eram extensões da noite,
onde se começavam assasinatos e não
terminavamos começavamos um lento
suicidio que durou por toda sua vida,
vida sem regras, sem aquela ultima dose
de voce, achava mesmo que poderia mudar
o que não existia, achava que não te perderia,
porem nunca teve nota fiscal de sua vida,
nunca fiscalizou se realmente queria isso
e no meio de noites pesadas só sobravam
aqueles pensamentos tristes de quem nunca
saiu do seu mundo, quem sabe um dia frio no
apice da madrugada não invada outro mundo
de assassinos crueis e santos malignos e assim
possa tirar voce dessa cocanha e podermos
da melhor maneira possivel sair daqui, correndo pelado
na lua, vi seu corpo em confronto, se aquele
confronto foi amistoso não sei,
só me lembro de não ter participado daquela disputa,
pelo novo mundo que descobrimos, pessoas estranhas
sempre aparecem nos momentos mais estranhos de nossas
vidas, meio mortas, pelo calor de se pensar que está em marte
e eu que acreditei piamente em voce, agora me vejo aqui,
jogado no canto esquerdo de sua cama e não consigo imaginar
que voce me pede pra sair da cama, do quarto, de sua vida,
corro desesperadamente pelo vale da sombra escura dos esgotos
da cidade vazia, vejo que já não pertenço mais as clubes sociais, aos
espaços sociais frequentados por esse corpo imovel, com um pedaço
que lhe foi arrancado, o sangue que escorre pelo chão é o mesmo bombado
por esse coração destruido e é exatamente igual ao sangue que ainda permanece
na boca do cão faminto e guerrilheiro, que é consumido pela cidade vazia,
e por pessoas vazias, um ser complexo sempre é uma ameaça para o cão de guarda,
da ordem social das pessoas vazias, não acreditava que poderia se desfazer ali no canto
escuro do vale e todo aquele sangue no chão o fez lembrar de quando tentou de forma
humilde ainda sair dali, todos os mundos devorados por um ser que buscava o outro,
agora não tem mais sentido, sentia apenas uma pequena dormencia na cabeça e ali estava
parando toda a maquina humana ou não, de um ser abandonado e expulso do mundo seguro, os
segredos contidos em sua cabeça são vazados pelo sangue escuro, e assim pode ver meio de longe alguem muito querido ou odiado não se sabe até agora, se aproximar e de um jeito mais desesperado ainda chorar e correr em torno do corpo quase sem vida, quase inexistente, a agonia da dupla foi tão forte que a vida e a não-vida se confundiram e no desepero da morte pode alcançar a ultima estrela mergulhada dentro do vale de merda, esse foi o mergulho do triunfo, do FIM.......

s/ titulo

Então, vc realmente
acreditou que não
chegariamos lá, é
vc realmente acertou,
realmente foi real, não
chegamos e nem chegaremos
somos tão fracos, tão gelatinosos
como merda, somos a merda dessa
sociedade hipocrita e por isso somos
exclusos, por mais que nos joguem fora,
que nos deixem de lado ainda assim
sentirão nosso cheiro no ar, ideias mirabolantes
sempre acontecem, porém ações mirabolantes só acontecem sob
efeito de alguma droga, droga mesmo é não ser livre
para sumir nesse mundo achado, e descobrir o que
escondem de nós, descobrir mais do que somos,
descobrir toda a merda que corre atrás do shopping,
e invadir esse estabelecimeto carregado de odio e flores
para alguem desconhecido, a poeira da cidade estava
colada no corpo suado, o corpo estava sujo, mais sujas eram
as idéais que corriam na barriga daquelas pessoas, que engoliam
papel, um monstro das beiras da cidade invadia aquele lugar,
era realmente um beradeiro, seus amigos o exergavam porém poucos o
viam, era um monstro invisivel, invisiveis eram os sentimentos bons,
daquele jovem que tivera seu coração partido por alguem que o deixou,
porém nunca foi deixado por ninguem, até por que nunca andou acompanhado
motores alucinantes berravam em sua cabeça, sua cabeça queria aquilo, queria mesmo
era se desligar e a explosão de combustiveis não-renovaveis, o faziam feliz, felicidade
desigual era fazer roleta russa, somente pra assistir assim meio morto o FIM, fim mesmo
não existe, pra quem nunca existiu, nunca foi visto, nunca foi deixado, nunca conheceu
onde não chegamos........

s/ titulo

Criações anacronicas de guerras perdidas por descuido,
por descuido deixei de correr, de beber, de comer, a fome era
grande, porém a guerra era curta e nesses dias debeis ficou
parado em frente a luz verde na frente, na frente dos automoveis,
criações alucinantes de criaturas mal atropeladas, que gritam por paz,
que gritam por mais, a luz verde não era tão verde aos olhos de quem
pouco exergava, o maximo que conseguia ver era seu corpo se afastando
e se transformando na linha do horizonte dos pantanos secos perdidos
na cidade, situações inflamatorias ocorriam perto dali um cara pos fogo
em algo inflamavel, pos fogo em seu cabelo e em um momento de desespero
saiu correndo e entrou no esgoto limpo da cidade suja, esgotos limpos passaram
por sua cabeça e toda a cidade suja, velha, apodrecida ficou infectada por suas chamas,
pouco pra baixo uma explosão matará um ex-combatente de bikes sua exterminação não
durou mais que minha vida, minha vida nunca durou mais que um milessimo de segundo
contados por seu relogio exportado de pais destruidos por guerras e nesse lugar de vidas
curtas e eminentes não-vidas, esqueça voce pois não pertence mais a si.
É madrugada
E estou morrendo de sede
Ainda sim grito com todas as minhas forças
Eu sofro pela sede... Por não ser ouvido... Por ter nascido
Grito e a vizinhança não acorda
Não me querem por perto
Pois durante esses momentos, mas perturbadores eu me transformo.
Metamorfose indigna não sabe por que penso na ajuda dos outros.
Afinal todos morrem, devo aceitar isso?
Se todos estamos condenados a um claustrofóbico caixão
Por que eles dormem enquanto eu grito?
Eu deveria acreditar que todos já estão mortos e não condenados
Essa inércia me incomoda... Eu grito não esperando ajuda, mas acreditando que alguém gritará mais alto do que eu para que eu possa me calar. Mas se os saudáveis não possuem vozes para calar os sedentos, não podem nem mesmo contemplar o silêncio das suas águas.
É madrugada e sou o rei do mundo dos mortos
Tenho sede e a saliva me desce como ácido pela garganta
As águas silenciaram-se
E o Madeira esta hora é negro
Como um espelho fosco
Que mostra a lua
Mas não revela meu rosto...
Este é um território de prisão
Minha roupa listrada
Me insere no meio da multidão
Só mais um entre todos os prisioneiros
Com um claustro próprio:
Meu corpo
Corpo, organismo morto... O corpo é a prisão do organismo, este quando possui algum resquício de vida, movimenta-se apenas para reproduzir esse maldito corpo.
Nesta multidão de delinqüentes
Eu me perco com um pecado inafiançável
Certas idéias inatas me levam a asquerosidades piores que tempos passados.
E viajo no passado sem arrependimentos, sem medo de morrer nesta jaula
Sou perpétuo espírito sanguinário
Corpo endemoninhado pelo ceifeiro de almas
Das almas, dos eternos calafrios de que me deitam em cemitério sombrios de pequenos dejetos.
Falo da alma para poder fugir de meu corpo
Fora do corpo
Estou liberto deste pecado
Sem o pecado minha alma se sufoca
Ainda sim permaneço preso.
Porque liberdade é loucura, para loucos... E não para os que pensam, procurando caminhos.
Porque caminho é para tolos
Para os que se preocupam em deixar as migalhas de pão detrás dos passos
Caminhos tortos e prefeitos. Com suas almas imperfeitas maléficas
O caminho que só corpos doentes seguem... Corpo de prisioneiro a procura das paredes e da escuridão e não da liberdade

Confissões de um poeta do século XXI

Sou poeta de uma geração tola. Drumond recusou-se de ser poeta de um mundo caduco. Eu inoptavelmente sou poeta de uma geração tola. Sou poeta da superficialidade. Do baile de máscaras. Do carnaval em pleno 25 de dezembro.
Sou poeta perdido, em meio a uma geração oca, sem sentido. Na falta de um opinião própria eles escolhem as palavras alheias. E se embebedam do licor de outrem. Recusam saber. Recusam existir. Sou poeta de rosto imberbe. E a minha geração de feitio igual não busca mais a decência. Não busca mais a inocência. Se bem que inocentes todos somos. Independentemente dos nosso erros, Deus nos fez errados a culpa é DEle.
Eu sou poeta, uso máscara. E sou tolo. Procuro alguém para pôr a culpa de eu ser ignorante. De eu ser ocioso. Deus é o ser mais fraco que encontrei. Então a culpa é DEle.
Minha geração é inerte. É manipulável. Corre atrás dos sonhos alheios quando não podem sonhar por si mesmas. Talvez nem precisem. Mas na escolha entre dois caminhos errados, eu preferiria escolher o meu próprio caminho errado.
Sou poeta de uma geração errada. Certa em seus próprios conceitos. Buscam uma liberdade e se encarceram numa realidade midiática. Acreditam na ciência. Crêem em seus próprios sentidos. E não sabem que o corpo mente mais que a alma. Ignoram possíveis realidades, aparentemente irreais. Realizam-se na solidão de um quarto de um prédio alto. Só para se sentir superior.
Sou geração também. Sou multidão perdido dentro de meu corpo. Corpo senil de duas décadas. E passam multidões, legiões por dentro de mim. Não posso exorcisar-me a mim mesmo. Por isso escrevo redundantemente. Com o português falso, tolo e barato e aprendi na escola.
Já nem sei se aprendi a ler. Minha geração é de analfabetos funcionais. E sou um poeta analfabeto. Analfabetizado. Sou poeta e as palavras não me alimentam. Não me são comestíveis. Como sobreveria assim?
Minha geração é poeta. Eu sou punheteiro. Punhetando palavras tolas. Tontas. Tremidas. Tolerantes. Tolerantes até demais. Para uma geração tão "moderna". Talvez modernidade seja sinônimo de intolerância. De mente alguma.
Ah Drummond. Idiota. Recusou o mundo caduco. Eu mergulho na minha geração tola. Oca. Com o manual de instruções dentro de um ship. Disponível para baixar a qualquer hora. Minha geração está perdida. Encontra-se encontrando em encontros marcados.
Sou poeta.
E a minha geração. É tola.
Isto já aconteceu
Não me lembro como nem quando
É certo que a essência e equivalente aquela
As aguas corriam da mesma maneira
Os olhos transbordavam palavras avulsas
Sempre que chego nestes momentos sento vontade de gritar
Mas isto não adianta
Você não acha que durante estes momentos eu tentei gritar?
- ah, como tentei gritar, e o pior é que consegui gritar.
Mas sei que não adiantou
Não adiantou gritar nem chorar
certa vez eu apenas corri
Corri ate cansar, e cansei.
Neste dia eu perdi a respiração, (também perdi o chão, e o tato.)
Sem poder respirar, eu morri.
Morri e sai pra vida
Encontrei as cores e o cheiro dos objetos concretos e abstrato
Hoje não sinto o tempo, e percebo que o espaço esta passando por mim.
isto não me causa mas a angustia de outros momentos.
Hoje apenas me sinto leve.
Me sinto super leve
Não tenho mais a necessidade de gritar nem de correr
Apenas me sinto leve.

Passado aliterado

Passa o passo
Passando sem ser pensado
Pensando eu passo
Pelo passo que passa

Eu passo pelo passado
Passo e ele passa de volta
Passa sempre pelo passo
O passado passa
Passa e pensa

Pensa que é passado
Por isso passa
Porque se fosse mesmo passado
Não passaria nunca...

Romântico

Tenho escrito poemas românticos
Sei que não sou bom nisso
Sou poeta do escuro, de noites frias
Quando chega o sol
eu fico insandecido
As muitas luzes me queimam os olhos
Me perturbam a mente
(...)
Estava a fazer poemas
num dia nublado
De repente apareceu o sol sem prévio aviso
Na janela do meu quarto para me iluminar a vida
E agora estou cego, perdido
Por isso te persigo pelo caminho novo
Mesmo não sabendo aonde você vai
Eu sigo seus passos
E carrego um sorriso no rosto
Porque sua existência é meu oxigênio...
Um milhão de erros
me fizeram ver
o quanto sou perfeito
Eu olho para trás
e o espelho ri de mim
As certezas me deixam cego

Um milhão de dias
me fizeram saber
o quanto sou eterno
O relógio mente
e eu rio dele
Desdenhando seu trabalho
de contar o tempo

Um milhão de vozes
e não entendo nada do que dizem
me perturbam a mente
Fico inerte
esperando que se calem
para que eu possa ouvir
o som do silêncio

Um milhão de quilômetros
e a estrada nunca acaba
me leva para longe
como se eu procurasse algo
Ela me perde nos seus braços
e eu sou um mundo em órbita
na retilínea estrada que vai

Um milhão de batidas
meu coração me engana
dizendo que estou vivo
Digo a ele que trabalha em vão
ele finge que não ouve
e continua a bater
num coma eterno

Um milhão de palavras
estou confuso em meio a tantos fonemas
Me arrebatam os sentido
Enveredo-me pelos sons mudos
e vou andando
sem pensar em voltar.

De novo

Mais um noite estou só
A multidão passa
Passa por dentro de mim
Ainda assim estou só

Falo com a escuridão
Não vejo meu rosto
Ele se esconde de mim

E tudo passa e voa
Corre e soa
E estou só

Com a certeza de que existo
E com a solidão do paraíso

Verdade

Os faróis se apagam ao amanhecer
E nunca sei em qual ilha devo atracar

Pode ser que haja feras
Não sei diferenciar os iguais

Quando os ventos são bonança
Nem é necessário escolher
Mas se há tempestade
Inexiste tempo para julgamento
Invado qualquer um lugar
Desde que seja terra firme
Sem me importar se serei bem-vindo

Às vezes sou expulso
Outras sou convidado a ficar
Algumas negam minha presença
Antes mesmo de eu chegar

Mas o melhor é que
Serei sempre nauta

Jangada de pele e osso

Há faróis brilhantes de novo
Depois do ocaso eles revivem

É sempre assim
Sou cego com tanta luz

Vou para longe
E conheço outras ilhas

Quando uma delas me apraz
De repente o mar a engole

Novamente sou jangada.

Êxtase

No fim da noite as coisas mudam

Quando só os sonhos perambulam
É que vivem os poetas
Permeando a alegria

Transmutando entre mundos
Em locomotivas que nunca voltam

(...)

Sob o estupor da lua matutina
Nascem poetas destinados ao delírio

O sol garboroso da Amazônia
Vem pomposo sobre as palhas do babaçu

E eu sou poeta da mata
Extasiado
Doido
Com o canto do uirapuru...

Sociedade Asquerosa

Nada nesta vida é aceitável, todos os seres são desprezíves são asquerosos, vomitam em cima de você com tanta vontade que se torna impossível não ser atingido não se percebe, só notamos o acontecido quando já se esta com a boca entre aberta e então o tão aguardo liquido é despejado em vossas goelas, os seres fracos imaginam ser algo bom algo doce e leve, mais são incrívelmente enganados, trapaciados pelos "espertos"


Quando recebi o liquido nojento que vós despejastes pude notar a compaixão que se tem com o próximo, senti todos os caroços descendo minha garganta e agora este relato não faz diferença o vomito já desceu por dentro de mim e já se misturou com minhas vísceras com meus órgãos, contudo esta rotina continua mais amanhã vou lhe entregar mas um prato de comida mastigada para você regurgitar outra vez em cima destes seres enfadonhos e asquerosos, desta vez apenas irei assistir não tenho paciência para ver os pseudo-choros de uma "gentinha sofredora" que todas as noites vem cansada de mas uma dia de labuta e assisti suas vidinhas serem transmitida por cabos de vibra ótica.


agora apenas lhe digo. AMÉM.

Expedições Internas II – Cursando os Rumos

Era ansiedade.
Adiantamos-nos pelo menos em uma hora se comparado a primeira.
Motores pujantes, humanos insomaniacos, madrugada com céu nublado, assim seguimos para atravessar o grande Madeira rumo ao nosso destino. Antes de cruzar o rio, a água atravessou nosso caminho, chuva. Parecia rápida, decidimos seguir em frente. Chuva e escuridão, a dicotomia perfeita, era um The Somberlain com horizonte azul e acima o negro abismal com anseio devorador.

Seguindo na linha acinzentada com um céu de ressaca cultuando a água, cochilos a 100 km/h. Uma manhã sem movimento, gaviões estacionados em nossas direções, nós invadindo a direção dos gaviões.

Impressionante o quão velho é esse trajeto e tão despovoado o é. Tudo muito plano. A floresta parece planejada, uma economia “des” Rondônias. Tão baixa quanto o meu sentimento regional por essas delimitações que é o Estado, até para atravessá-lo, eu o descrevo. Realmente, essas florestas foram plantadas! Mas exterminaram, expulsaram e/ou desalojaram seus plantadores. . .

Paradas na margem da linha, café da manhã, o tradicional leite e seguimos. Respirando. A parada mais demorada antes da chegada trouxe reflexões e risos. Fumamos palheiros. Eu vi um necrófago morto na beira da estrada, negro como todos os necrófagos. 4 horas de viagem e chegamos ao nosso destino, tranqüilos, insones e a procura de alguma coisa, até aí não tinha nada decidido.

E começamos a andar na pequena cidade, era constante ver a mesma pessoa em menos de uma hora. Tomamos café e fizemos o reconhecimento histórico: Feira tradicional; Comércios; Cemitério pequeno, mas peculiar, com algumas estatuas e pichações curiosas; Igrejas, prédios de arquitetura da primeira metade do século XX, parede anarquizada, Ribeirinhos e poucas mulheres! Andamos bastante. Éramos olhados. No almoço, comemos peixe, não tinha nada melhor do que isso! Tomamos uma cerveja. Tudo isso na margem esquerda do Madeira.

Estávamos bem, circulamos mais uma vez pela cidade para alguns ajustes nos motores e fomos descansar numa praça central, não tinha ninguém quando chegamos. E ficamos por ali algum tempo, quase sempre vigiados pela população que estranhava-nos.

Era um sono confundido com tédio, decidimos voltar no mesmo dia. Tarde de sol. Voltando, os motores iam ao máximo. É sempre assim. Vimos ótimos igarapés para um banho na tarde quente e esfriamos nossas mentes amazônidas.

Voltávamos pelo mesmo caminho, mas percebi que na ida não observamos a importância de cada casebre que está naquela localidade sem qualquer instituição governamental, comércio e combustível. Penso no meu fútil tédio que cheguei a sentir, isso não é nada comparado ao que esses sertanejos, ribeirinhos, caboclos e nativos vivenciam, no meu maldito olhar ocidental!

Nossa ultima parada na estrada, foi para celebrar nossa viagem, bebemos a ultima ml do leite, fumamos e conversamos na beira da estrada. Entre risos e bagunças, legitimamos a vitória de mais um desafio “in-cotidiano”.
Estando aqui no meio desse caos organizado e esperando a grande ordem de continuar a destruir ou a assassinar todos que ali se encontravam e a decisão chega logo de manhã antes que o sol nos acorde pois é o sol que faz com que mudamos de ideais e os ideais obtidos na noite chamados de sonhos não passam de besteiras psicológicas que sã realmente ideais de nos guerrilheiros sufocados por esse sol escaldante que provalvelmente nos matará esse deve ser o preço que a natureza doida cobra por usarmos suas irradiante luz para desenvolvermos tecnologias marcianas que nos levarão na auto destruição e por lembrar disso no meio desse caos absorvente encontrei os restos mortais e imortais do meu brother j258k que agora me alimenta aquela carne fresca que morreu a umas duas horas me faz sentir bem e assim espero as ordens severas do nosso glorioso senhor que provalvelmente assasinaremos o mesmo de todos os dias uns quarenta até na hora do almoço um mais fortinho pra almoçar e prosseguiremos até a noite pra executar mais oitenta, por lembra de noite a noite deveria ser nosso horário de trabalho pois a noite é fresca a noite não tem o sol irradiante que nos mata e a noite é mais simples executarmos nossas melhores companhias caso nosso glorioso senhor ordene e isso não é difícil de acontecer pois nosso glorioso senhor está louco eu acho e sua loucura poderá nos trazer transtorno pois já não sinto mais saudades daqueles tempos bons festivos que acabaram por uma razão ou outra e me lembro que não formos obrigados a ferir o olho daquele cachorrinho da nossa escolinha abandonada e que não será a mesma depois da partida do nosso contraatacante h429b que por mais que fosse oposição não só nossa mais de todos sentirei sua falta e sua falta nos tornará mais mortos do que já somos e por mais que tentamos não obedecer nosso glorioso senhor que está louco não conseguimos até porque já não pensamos somente seguimos, sigo meu glorioso senhor louco e cada um segue o seu senhor louco ou não agora tenho que parar pois novas destruições aconteceram em minutos e com isso novos horizontes......
Esta conversa de amor perfeito já desceu pelo ralo
e encontrou a podridão no esgoto em frente das nossas casas,
talvez o melhor seja ficar só no banheiro
fazendo nossas merdas de cada dia.
Teve um sonho meio real, que naquelas noites de chuva e frio
ninguem ainda havia sonhado e ninguem nem sonhava em sonhar
com aquele sonho meio real, porem era uma realidade distorcida,
desaparecida de nossos olhos lagrimejantes de imaginar um desses
sonhos, e deitado em sua cama realmente ouviu um barulho que
vinha de lugar nenhum e chegava aos ouvidos sonolentos daquele
ser humano sonolento e irritado que começou a ter alucinações
meio perversas para sua saude, e se lembrou de todos que morreram,
os que morreram mesmo de verdade, ficou sem vida e os que
morreram na memoria desse ser humano, e fez um corte temporal
onde lembrava dos dias no escritorio onde o tempo não passava,
onde todos faziam suas preces para que o tempo passasse, para que
chegasse meio-dia, para que chegasse o fim do expediente e todos
abandonavam suas cadeiras e seus computadores e corriam em
direção a porta que parecia ser pequena demais para suportar
tanta emoção de ter acabado mais um dia de trabalho e durante
mais de vinte anos só se preocupava com isso, e lembrou
de ter visto um colega de trabalho caido na calçada com uma
faca cravada no peito e ainda com vida suplicava por socorro,
porem eram exatamente 06:01 horas e nesses fins de expediente
a corrida para se alcançar o conforto do sofá na sala e assistir TV
é muito grande e o pobre colega de trabalho teve que morrer
sozinho em meio aos carros loucos que corriam de um lado a outro
da cidade e depois de uma noite inteira de sonhos e muita TV,
muitos se confundiram e não sabiam se o colega tinha morrido mesmo
ou era mais programa de TV, e por esses casos resolveu falar de seu
sonho para o novo colega de trabalho que substituia o antigo morto
no programa de TV e seu sonho não falava da morte ou do trabalho,
seu sonho falava sobre uma visita inesperada durante a madrugada,
enquanto todos dormiam a visita aconteceu parecia ser um vento forte
que vinha do leste porem eram uma grande turbina que produzia vento
para todos os lados, logo essa grande turbina roubada das usinas
hidro-eletricas do rio madeira não saia do lugar ela sempre esteve lá
e eu nunca tinha visto antes, porem essa noite consegui ver os autores
do crime eles não eram terrestres, eram uma especie evoluida de alienigenas
e tinham uma comunicação diferenciada, os sons eram emitidos atraves de seus
orgão sexuais e fiquei a noite inteira conversando com esses loucos vindos
de saturno e no fim da noite tivemos uma transa rapida e foi só isso o meu sonho
meio realidade e nesse momento senti que todo sonho e toda realidade se juntaram
e se tornaram coisa nenhuma, pois agora estou caido na calcaçada com uma
faca cravada no peito exatamente as 06:01 horas e ainda penso, será que o colega
de trabalho morto ontem tambem teve um sonho desses, será que ele tambem transou,
será que alienigenas de saturno vão dominar a terra se for isso fico feliz porque contribui,
mais agora não dá mais tempo para pensar vou suplicar, por socorro.
HUMANOS HIPOCRITAS
Como descreve, como escrever, estas palavras que dentro de mim permanecem, sei que é necessário força para lançá-las em direção a vos, saibam que meu sangue escorrer em uma velocidade frenética ao qual minha pele não suporta mas e tende há algum momento explodir, espalhando partes de meu corpo por todo palco, onde vos estais agora à encenar esta fatídica cena teatrais, sei que minhas vísceras deveram neste exato momento de minha explosão fazer parte das cenas amorosas que vocês vermes inúteis farão, sei que terão orgasmos em cima de meus pulmões e se esfregaram com partes de meu cérebro, se lambuzando e aproveitando todo o meu sangue para deixar o ato libertinoso de vocês mas gostoso, mas prazeroso, mas saibam que mesmo estando em pedaço, em retalhos por esta porcaria de cenas hipócritas que vocês fazem as escondidas de mim, que realmente estará tendo prazer e gozando serei eu, bandos de putos.