Saindo do vilarejo obscuro de Gutierrez


Coturnos amarrados... Camiseta com influencias mayhemnicas

Crescente angustia ecoa no coração troll

Suspiros contraídos de ódio por um passado

Amargurado... Liberto ele é Barrabás

Apanhando o salvador e colocando-o na cruz invertida



Noite com cheiro fúnebre e postes com luzes apagadas

Ruas que exalam a esgoto... Um pisar no estreito sujo de lama

O caminhar para o centro imundo como inicio de uma jornada

Escuridão envolve o ambiente

Em frente a três monumentos mortos ainda lembrados

Três defuntas... Ex-prostitutas elitistas... As três Marias

Abaixo de suas saias o demônio vocifera antipatia aos reacionários de preto que ali se encontram



E Judas segue insano para o abismo mítico

Correndo pela ladeira Farquharquica escreve seu manifesto malevolente com traços mal feitos em uma parede histórica de história mal contada

Atmosfera de guerra com batismo no fogo para queimar a alma

“Tu não tem deus, tu não têm ninguém!”

Ignorado por Diana... Oh bastardo de Satanás

Os mistérios escondidos em teu crânio vêm sendo revelado

Malditas palavras que arruínam a vida

Murmúrios vindos do grande madeira

“Corra para a catedral Judas, destrua o altar e queime o sagrado coração de Jesus”

Como um cão de preto corre... Atingi o templo

Acima da cabeça os cânticos da rasga mortalha

Apenas um arremesso contra a porta e o profano está dentro do sagrado

Matando todos os santos... Evitando lágrimas e adoração

Realizando o merecido ritual aos divinos

Com chamas infernais queimando o coração de Jesus

Fogo que ilumina as instituições triviais

Onde estão os anjos com as trombetas?

Este é o apocalipse e aqui está o Anticristo



Deslocado mais para frente os olhos podem assistir a maçonaria iluminada pela catedral em chamas

Sem arrependimento lança a inexaurível labareda à filosofia de pedra

O simbolismo maçônico transformado em fumaça negra

Totalmente queimada com suas idéias de indivíduos dominantes se passando por universais durante toda a história

Este é o sacrifício da mentira

Todos desesperados com o caos instaurado

Assombrados com as chamas revolucionárias que queimaram o reino cristão no solo de xamãs

Ilusões apagadas de falsas instituições

Décadas que ficaram na memória das pessoas

Para a profunda glória a este vivido trágico... A queima dos fragmentos fantasiosos que mantiveram a maldita sociedade autoritária



Descendo na ladeira sórdida de Bonifácio

É uma noite de sábado babilônica

Profundamente indomável rumo ao materialismo memorável

Frente à antiga estação férrea alimentada pelo tempo

O bastardo registra a arrogância da decadência na parede que conta a história

Cheio de ódio grita inutilmente altas palavras de discórdia... E é ouvido

E corre... Como um selvagem dessas florestas

Vociferando a cada encruzilhada elevados vocábulos de guerra ódio e sodomia



Cansado... Sentado na beira de um meio fio na calçada

Ascende o cigarro e bebe álcool

Chapando com lembranças de musicas que exaltam hordas

Falando sozinho até o sol fulgurar

Voltando para casa... Retornando ao refugio do demônio

Num quarto que fede mofo deitado sobre lençóis não lavados há semanas

Esperado pela vigília planejada de Diana

Culpado de idéias iscariotistas depois de tentado a sua terra

Pérfido, pensa... Pensa... E dorme

“Tu não tem deus, tu não têm ninguém!”

Isto é real, pensou após acordar angustiado

Não viu mais a Deusa Diana

Para Diana ele sempre será o Judas

E esse é o fim de Judas acusado de traição

No calabouço da escuridão quente ele ficou sozinho

Um desperdício de desejos é consumado após a queima dos ídolos

Cordas que cobiçam um pescoço com pensamentos bestiais

É como acontece na inquisição... Uma mentira a mais para matar

Dias mais escuros estão por vir