Borboletas no Aquário
Estão todos dormindo
não há o que temer
O sol não brilha neste instante
não há o que esconder
A TV está desligada
mesmo assim me sinto alienado
A riqueza dos ricos
se desfaz aos poucos
Os amores começam e terminam
mas nada muda
As mentes sãs
tornaram-se abomináveis
E uma nação anistiada
agora é o mesmo que uma republicana
As nuvens negras
escondem a lua
Meus "dons" se esvaem
Faço barulho
e ninguém desperta
Talvez a hora
não seja de poesia
e sim de descanso
Neste caso
estou deslocado como sempre...
Invisível Luz
Hoje,
depois que o sol se pôs
eu sentei na calçada
e esperei as luzes...
Mas em vez de luzes
veio ao longe, no horizonte
desta cidade em expansão
outro sol
tal qual o que acabara de partir
Me ofuscava o brilho
do sol da noite
que por cima dos prédios
refletia como néon
Em baixo
Porto Velho se juntou
numa única sombra
de si mesma
Eu olhava abismado
por o sol da noite
estar brilhando só para mim
que o bebia incrédulo
E nas praças e nas ruas
ninguém percebia
estavam todos ocupados demais
para ver a luz
(...)
Ainda agora
brilham dois sóis
e a poesia
cega os olhos da sanidade
E vejo poetas
jogados pelas ruas
heróis que perderam a força
que renunciaram a pátria
Mesmo assim
brilham dois sóis
nestes céus de Rondônia
nos lábios desta Amazônia...
Está aqui
o sol que insandeceu Dom Quixote
o sol que Otelo
se recusou a ver
Resplandece entre nós
a rosa que vai aromatizar o mundo
a poesia que vai inundar o universo
Aquém brilha o sol
e a humanidade não percebe
egoísta é a razão
que ignora seu brilho
Apesar de tudo
das guerras e dos anti-amores
o sol brilha sem pugna
e o outro sol nem brilha
quando abro os olhos
Ainda assim resolvi abrí-los
e já era noite...
Hoje,
depois que o sol se pôs
eu sentei na calçada
e esperei as luzes...
Mas em vez de luzes
veio ao longe, no horizonte
desta cidade em expansão
outro sol
tal qual o que acabara de partir
Me ofuscava o brilho
do sol da noite
que por cima dos prédios
refletia como néon
Em baixo
Porto Velho se juntou
numa única sombra
de si mesma
Eu olhava abismado
por o sol da noite
estar brilhando só para mim
que o bebia incrédulo
E nas praças e nas ruas
ninguém percebia
estavam todos ocupados demais
para ver a luz
(...)
Ainda agora
brilham dois sóis
e a poesia
cega os olhos da sanidade
E vejo poetas
jogados pelas ruas
heróis que perderam a força
que renunciaram a pátria
Mesmo assim
brilham dois sóis
nestes céus de Rondônia
nos lábios desta Amazônia...
Está aqui
o sol que insandeceu Dom Quixote
o sol que Otelo
se recusou a ver
Resplandece entre nós
a rosa que vai aromatizar o mundo
a poesia que vai inundar o universo
Aquém brilha o sol
e a humanidade não percebe
egoísta é a razão
que ignora seu brilho
Apesar de tudo
das guerras e dos anti-amores
o sol brilha sem pugna
e o outro sol nem brilha
quando abro os olhos
Ainda assim resolvi abrí-los
e já era noite...
Assinar:
Postagens (Atom)