Ego perdido


 Procurando um sentido, estando nesse sentido
e por sentir que este sentido é errado é erroneo,
não sei qual o sentido, não sei o que sigo, o sentido
deve ser o sul ou quem sabe o norte, no verão o
sentido  leste o oeste é sempre esquecido
e vejo mais sentido em olhar pra essa sua
cara magra, meio timida, meio anjo, quase
todo o demonios que exorciso, e logo depois me
esqueço, me esqueço de tudo que aconteceu
me esqueço de voce, alias nunca conheci ninguem
com essas caracteristicas e se conhecesse
provavelmente não me alegraria tanto,
quanto foi quando os sentidos se perderam
e depois disso veio a busca interminavel
por um movimento leve, leve porem fatal,
a cada movimento, metade de tudo que já existiu
caia no esquecimento e o esquecimento é a morte
da lembrança a cada hora que me esqueço mato-te,
uma morte sem intenção, uma morte somente porque
vc deixou de ser o sentido, ou quem sabe o sentido perdido
que não procuro e se fosse o sentido achado vc então seria a visão
que agora chora, e choro preenche as madrugadas interminaveis, mas
não dá mais tempo e é hora de enxugar as lagrimas que um novo dia
amanheceu, dessa vez sem sol, acho que esqueceram de ligar o sol
hoje logo o sol está morto, anuncio assim a morte do sol, mesmo que amanhã
ele volte a irradiar torrando assim minha pele e sentido um cheiro de cerebro
que está sendo torrado e niguem percebe porque ninguem usa, quando ninguem 
ninguem sente falta, acho que todos estão sem cerebros depois de ficarem tão expostos
ao sol, ou por ficarem tão expostos simplismente, e o futuro será esquecer que existe sol,
sociedade, amizade, comunhão, medo estou com medo que isso possa ser verdade porem espero
com muita empolgação para assistir a queda do sol e imagino assim um mundo para poucos sem
sol, com muita chuva, uma chuva fria todos os dias as 15:27 horas e duraria 22 minutos e os dias
seriam frios tão frios que não nasceriam algodão, logo não  teriamos roupas e num frio muito louco
andariamos  nu, pelado mesmo isso faria encontrar o verdadeiro sentido e sentiria frio, o sangue
na eminencia de congelar, o cerebro recebendo muito pouco oxigenio ficaria atrofiado e não pensaria
em nada somente faria funcionar os sentidos que são cinco, o pensar não é um sentido logo não precisamos
pensar pra viver precisamos viver pra pensar e quando vivemos queremos mais vida e queremos menos pensar...

sem sol, sem saudades


Hoje o dia parece longo demais e este calor que
consome os corpos, junto com este asfalto quente
que não acaba e focalizando este objetivo funebre
que está tão perto e que nunca acontecerá, já não
espero de amanhã o brilho do sol, nem o cheiro das
flores e muito menos que os rios corram normalmente
transportando vida, transportando alimentos, isso já não
alimenta esse corpo que está se reduzindo a nada e em
nada tudo se transformará quando descobrirem todas as
minhas mentiras, todos os iludidos, que esperavam de mim
alguma coisa que espeavam alguma coisa de qualquer coisa,
os que esperam, tem paciencia demais para não concluir algo
que nunca será normal, será sempre está aberração e berrará
muito só que este muito, não será ouvido nem muito pouco,
nem por poucos aberração berra, enquanto falamos e o que 
berra dentro do que fala, confunde os sentimentos confunde
os sentidos e quem poderá dizer que estava errado sendo que
niguem entendia e mesmo agora com todo esse choro que
cerca, o que berrava dentro do que falava, agora nem berro
nem fala, foi silenciado pela não compreeção e não ser
compreendido, pode até ser entendido como diferente e a diferença
entre o diferente e o que berrava dentro do que falava e muito difente
e todas as ameaças de eliminação já não assustam mais,
todas essas armas, todas as pressões feitas para calar, para
eliminar já não são ameaças, não são pressões, o que
berra corre atras, corre em busca de seus inimigos,
para ser compreendido porem até seus inimigos o esquece
por ele estar tão diferente que niguem o conhece talvez ele
mesmo não se conheça ao ponto de querer ser compreendido,
talvez o berro que nasce dentro de si, lhe tirou a capcidade de
compreenção, talvez buscará ser seu proprio inimigo, e se seus
inimigos deixarem de existir assim como seus amigos, neste mundo 
tão solitário, a solidão não faça bem aos solitários, pode até ser que os
soitários não suportem toda essa multidão com seus desejos meio
intintos, correndo pra cima e para baixo e nesse fluxo ordenado de intintos
não há lugar para os solitários, para os que berram, nem para os solitários
que berram, talvez a unica exigencia seja, que seus inimigos reaparecem,
com mil vezes mais vontade de vingança que todas as outras vezes,
isso somente para não parecer tão idiota um ato diferente feito por um 
diferente e que se tornou um igual apenas, por um status que não é,
este status foi, era, por isso não é, e em torno do mundo que o cercava
talvez fosse pequeno demais, fosse limitado demais, fosse atrasado demais,
quem sabe aquele mundo não girava e por não girar tudo continuava igual
como se fosse um cenário definitivo e essa definição não se enquadrava
aos seus modos de vidas, nunca existiu modo de vida e sim modos de vida
pois a cada milessimo de segundo mudava seus principios seus valores
por isso os principios e os valores nunca tenham existido, onde tudo se mudava
tão rapido e a rapidez fez com que ninguem entendesse, como se fosse um acidente
em alta velocidade onde niguem nunca consegue descrever tudo, onde nunca
niguem consegue descrever, talvez fosse sempre um acidente todos os segundos
eram 100 acidentes que aconteciam, a vida era acidental onde os acidente eram evitados, eram
reprimidos e a repressão o tornou uma aberração que berrava, e os berros nunca
foram ouvidos, não são ouvidos e nunca serão ouvidos
Talvez, nunca serei ouvido, nunca serei compreendido, talvez nunca terei fim...