S/ titulo

Repentinamente, o semáforo
fica vermelho, repentinamente
parado observa o movimento ao
seu redor, percebe que a pessoa
que te acompanha, não é a desejada
aquela pele clara não lhe atrai, o
movimento dos veículos é tenso,
porem os pensamentos lhe lançam
para um passado recente e tudo
perde significado, deseja a solidão
porem tem medo, parado ali em um cruzamento
qualquer, em uma cidade qualquer, com qualquer
pessoa, uma luz verde se acende, todos seguem,
e pressionado pelo fluxo, flui, mas logo desiste
de continuar, continuar para onde?; para que?;
dispensa sua companhia, como quem dispensa uma dose
de qualquer bebida, nesse momento existe um pequeno
conflito, mas para quem deseja a solidão se deve ter coragem
de abandonar, sozinho tudo se torna mais fácil, a velocidade
aumenta, uma velocidade sem destino, o drible nos veículos, que
trafegam calmamente faz subir a adrenalina, e com toda a força,
resolve ir em busca da pessoa que lhe fez sentir feliz um dia,
esse dia está perdido em uns dois atrás, ou quem sabe nem tenha
existido, e outro detalhe importante é saber onde encontrar essa
pessoa, tem uma noite inteira pela frente, tem essa noite para esse
encontro, a revolta lhe remete para o crime, crimes que já foram praticados
com muita mais coragem e vontade, e depois de passar quase meia década,
escondido atrás dos livros, escondido com novos "amigos", resolve levantar
novamente a bandeira, de vingança e a busca incessante por adrenalina, muitas
vezes até conseguia adrenalina se ocultando nos arredores da cidade, para usar
qualquer coisa ilícita, mas isso já não satisfaz, os crimes são verdadeiros,
as consequências são castigos pra algum dos lados, a madrugada avança, as mãos ainda não estão estão sujas de sangue, sua busca pela pessoa desejada já está se tornando em vão, decide não procurar ninguém, nessa noite, e na madrugada solitária, os mais terríveis pensamentos lhe assombram, quem será o próximo "culpado", como saciar esse psicodélico desejo de fazer as pessoas sangrarem, a sensação é parecido com o reencontro com uma droga que não é consumida por muito tempo, e quando recomeça não quer parar, não consegue controlar, algumas pessoas insistem em te ligar, mas seus pensamentos psicodélicos impedem de atender, quando decide para em um bar qualquer, em uma rua qualquer, a pessoa desejada é encontrada com um estranho sorriso, toda sua irá se torna confusa, como carregar o bem e o mal dentro de uma cabeça, consumida pelo tempo, o dia está preste a amanhecer, logo o trabalho o espera, e novamente os piores pensamentos vão ter que esperar uma próxima noite para ser posto em pratica.......

S/ titulo

Repentinamente, o semáforo
fica vermelho, repentinamente
parado observa o movimento ao
seu redor, percebe que a pessoa
que te acompanha, não é a desejada
aquela pele clara não lhe atrai, o
movimento dos veículos é tenso,
porem os pensamentos lhe lançam
para um passado recente e tudo
perde significado, deseja a solidão
porem tem medo, parado ali em um cruzamento
qualquer, em uma cidade qualquer, com qualquer
pessoa, uma luz verde se acende, todos seguem,
e pressionado pelo fluxo, flui, mas logo desiste
de continuar, continuar para onde?; para que?;
dispensa sua companhia, como quem dispensa uma dose
de qualquer bebida, nesse momento existe um pequeno
conflito, mas para quem deseja a solidão se deve ter coragem
de abandonar, sozinho tudo se torna mais fácil, a velocidade
aumenta, uma velocidade sem destino, o drible nos veículos, que
trafegam calmamente faz subir a adrenalina, e com toda a força,
resolve ir em busca da pessoa que lhe fez sentir feliz um dia,
esse dia está perdido em uns dois atrás, ou quem sabe nem tenha
existido, e outro detalhe importante é saber onde encontrar essa
pessoa, tem uma noite inteira pela frente, tem essa noite para esse
encontro, a revolta lhe remete para o crime, crimes que já foram praticados
com muita mais coragem e vontade, e depois de passar quase meia década,
escondido atrás dos livros, escondido com novos "amigos", resolve levantar
novamente a bandeira, de vingança e a busca incessante por adrenalina, muitas
vezes até conseguia adrenalina se ocultando nos arredores da cidade, para usar
qualquer coisa ilícita, mas isso já não satisfaz, os crimes são verdadeiros,
as consequências são castigos pra algum dos lados, a madrugada avança, as mãos ainda não estão estão sujas de sangue, sua busca pela pessoa desejada já está se tornando em vão, decide não procurar ninguém, nessa noite, e na madrugada solitária, os mais terríveis pensamentos lhe assombram, quem será o próximo "culpado", como saciar esse psicodélico desejo de fazer as pessoas sangrarem, a sensação é parecido com o reencontro com uma droga que não é consumida por muito tempo, e quando recomeça não quer parar, não consegue controlar, algumas pessoas insistem em te ligar, mas seus pensamentos psicodélicos impedem de atender, quando decide para em um bar qualquer, em uma rua qualquer, a pessoa desejada é encontrada com um estranho sorriso, toda sua irá se torna confusa, como carregar o bem e o mal dentro de uma cabeça, consumida pelo tempo, o dia está preste a amanhecer, logo o trabalho o espera, e novamente os piores pensamentos vão ter que esperar uma próxima noite para ser posto em pratica.......

Se o Estado líquido for história

O líquido que fluí e impera na atmosfera da história
É um enorme rio violento e amargo
Derrama o seu caldo em todos os espaços
Destrói o que está organizado
Apaga os escritos mais anarquizados
Extingui o oposto, irregular e o avesso a sua correnteza

O líquido fluí por todos os buracos que falam
E transborda pelas porosidades que se calam
Penetra nas fissuras
Modela as estatuas solidificadas
Desfigura os mais friáveis

Um fogo que se ergue é apagado
Ventos violentos não alteram a direção
O fluxo é único, avassalante
Não sobram ilhas, nem margens
Fica tudo bem lavado
Atmosfera histórica limpa

Há um horizonte muito claro na metamorfose do tempo

O que resta é contaminar esta água que almeja a limpeza
No movimento do avassalador
Deve conter pedras capazes de mudar o seu curso
As margens que o controlam
E os seres vivos que o contaminam de idéias

Conforme a história, o líquido tem um temor
O vácuo, o vazio...
Se isto ocorre é em virtude de um volume sólido
Impermeável, duro e sem fissuras
O líquido o contornará
Mas se este crescer terá todos os espaços
De forma que o rio perde o curso
Submerge no nada
E o sólido encrava na história
Como martelos que quebram ampulhetas e espalham a areia no tempo
Quando a orquestra cadavérica de Satã chegar
Não haverá cântico, apenas massacre
Falantes cadáveres infernais
Berram mil vocábulos diabólicos
Dentes que rangem como cães famintos
Batidas flamejantes
Rugidos ofegantes
Estrondo de blasfêmias
O eco incomodará os mais escondidos
Temor e vomito negro
Como carniças que fedem
Cristãos fodidos
Demônios sopram em flautas ósseas
Tíbias do rebanho porco
Exala o odor e clama destruição
A escuridão que contorna o ambiente
Também abraça a sinfonia doentia
O fogo inflama nos corações negros
Incinera os crucifixos
Desgraça o sentimento humano
Que devora o sagrado
Engole incontestavelmente insano
E cospe desagradavelmente profano
Em uma aula de historiografia, um professor nos disse que os escritores revelam muito mais em seus textos o seu próprio “eu” do que propriamente o objeto ao qual ele se refere. Desde então percebi como ele estava certo, não porque vi o egoísmo de alguns autores cravados nos livros de história, mas o diálogo que muitas vezes empreendem se colocando cada vez mais dentro dos eventos. O que dizer de documentos não escritos? Estes sim são as portas abertas para liberdade da escrita histórica, sem invocar arqueologismos, etnologismos ou qualquer outro cientificismo comprometedor.



Arte-fato.

O artefato admira. Com repulsa, desespero ou angústia? É um olhar que revela apenas o solo escuro, vestígios de seu desterro longínquo à volta a história que existiu distante. Talvez um pouco de memórias de subsolo, faz com que ele [o artefato] reflita à medida que a noite caía e que a obscuridade se fazia mais densa, minhas impressões e em seguida minhas idéias se misturavam, se confundiam. Havia alguma coisa em mim, no fundo do meu coração, no fundo da minha consciência, alguma coisa que não queria morrer e que se revelava por uma estranha angústia (F. Dostoiewski).
Ainda respirava... Estranhamente suspirava memórias pelos dois orifícios abaixo do olhar enigmático. O nariz não estava confortável com o solo que o cobriu durante todos esses anos. Não estava preocupado com os micróbios nem mesmo com as atividades bióticas que ocorriam ao seu redor. Só desentendia porque tanta vida num espaço de morte.
Ele gritará aos subterrâneos, mas ninguém o ouvia. A boca com um vácuo esferóide, muito profunda, fez ecoar na eternidade o esquecimento. Ninguém recorda, mas ele sabe o que pronunciou, logo ali, abaixo de nossos pés. Estava lá todo tempo se expressando, queria morrer, deveria ter morrido. Por mais que tenha erodido sua face, ele continuou por ali, não se movia. Mas de tanto querer ser humano, a argila se fez homem e eternizou num grito de insurdescência aos artesãos [surdos] modernos, que modelam a contemporaneidade silenciosamente.

Hermano,

Minhas paixões estão sem controle, minhas noites estão em claras e agitadas e meus sentimentos apodrecem no canto de uma cela qualquer.

Querida,

O que sinto por você não pode ser medido nem vendido, pois é vazio e leve e o único peso que aqui há e o de respeito a sua morte em minhas memórias póstumas.

Mamãe,

O sexo que fazíamos quando jovem já não me traz o mesmo prazer, hoje transar com você já não significa mais nada para mim. Suas lágrimas não me afetam, seus gritos eu já não escuto os meus desejos giram entorno de nossa morte.

S/ titulo

O que queríamos?;
alguém consegue
lembrar?; o que
queríamos? nunca
será lembrado,
estávamos ali, parados
sentados, olhando, conversando,
os assuntos nunca passavam de pessoas,
atitudes, representações, alguém teve uma
ideia, uma piada?; porque os risos?; são
ideias, pena que ninguém falou, da calça
suja de nenhum, ou da resposta tensa do
outro, falavam de ideias e nunca poderiam
entender, todos ali esperavam uma grande
ordem, ou tudo se ganha ou tudo se perde,
mas porque essa ordem não chega logo?;
aos que esperavam com pedras nas mãos,
já tem suas mãos sangrando, machucadas
pelas pedras, os que esperavam com flores
já tem suas mãos feridas pelos espinhos
das rosas, e a maldita ordem ainda não
chegou, o que queríamos, quando nos jogamos
para fora do ventre no mesmo dia, no mesmo ano,
no mesmo mês, e recebemos todo
o a-feto que nos foi fornecido, queríamos,
que todos passassem a mão sobre nossas
cabeças, e vivemos assim por muito tempo,
até que o dia chegou, estamos jogados
no lixo e ninguém nos vê, porque
passamos a noite discutindo sobre
o vazio e o ser?; diante do exposto
tomamos a seguinte decisão:..................

S/ titulo

O que vale a pena?
pena que estamos vivos
noites transpassadas
vidas passadas, vida
curta esperamos tanto
e nada vem, e quando
vem é uma merda de um
onibus, um metro caindo
aos pedaços, nos jogando
no chão, jogando bem além
do chão, pena que não existe
inferno, se existesse é lá que
estariamos, jogados pisados,
esperando toda a merda vomitada,
arremessada, estamos aqui ainda,
vendo o que não queremos, ouvimos o
que não queremos e o pior de tudo,
não entendemos, não entendemos essa sua
cabeça depravada, frases que matam, mortes
inconscientes, inconsciente foi a noite,
em que morreram o mais fortes dos guerreiros,
herois que nunca existiram, perdas somadas
aos milhões de reais jogados fora, por corrupção,
por distração, e distraido seguimos a estrada que não
tem fim, que não está em nós, estradas que só trazem dor,
amor que nunca existiu, amor que reprimiu, reprimidos seguimos
a linha, a linha da morte, a linha da vida, vida e morte
se confundem, quem nunca morreu nada dirá, os que morrem
continuam calados, o silencio não erra, eramos quando
falamos, erramos porque o certo é errado, ainda não
sabemos porque continuamos, continuar pra que?; se vamos
dar a volta em tudo, voltas que nunca serão iguais,
vidas que jamais ressucitam, estava tudo errado,
errados estamos nesse mundo certo...

S/ titulo

Insuportavel, era assim que podia
se definir aquela tarde, ou aquele
fim de dia, a estrela brilhante
estava torrando a paciencia de continuar
respirando, velocidades que ninguem consegue
entender, numeros que matam, que assutam,
o transito era um reflexo do insuportavel
naquele fim de dia triste, quase não se podia
ver os passaros, e nos meio daquele calor
escaldante, até as aves buscavam refugios,
e em um minuto de fama, um minuto de drama,
um passaro foi visto, parado ali no meio do
movimento, no cruzamento, cantando canções
vitoriosas enquanto a luz vermelha do
semaforo não se apagava, e logo já
vinha uma luz verde, que indicava
liberdade, e novemente velocidades,
agressividades, que se somavam a novas
estatiticas, o mundo naquele momento não
andava tão calmo a ponto de romantizar
o canto de um passaro, mas esse foi o motivo
que amenizou o peso do dia, as ruas empoeiradas,
a sujeira na estrada e alguem da sacada do apartamento,
olha o jumento carregando agua, para onde os canos não
chegaram, onde as dificuldades são maiores,
onde a comida nem todo dia vem, onde as letras,
são bastantes complexas e um conjunto de letras
não formam nada, onde os cantos dos passaros ainda
são aprecidos, na calmaria de onde tudo é dificil
os passaros ainda tem seu valor, pois cantam de graça,
para os ouvidos do pensador

S/ titulo

Poderiamos estar comemorando,
mas não estamos, mesmo com a noite
suave e a bebida gelada e a comida quente
não comemoramos, pois alguem nos disse
que Friensky, não estava mais entre nós,
nesse mundo consumido, ainda não sabemos
o motivo de sua morte, ele trabalhava durante
o dia todo e até alguns pedaços da noite,
todos acreditam que o brother Friensky,
morreu no trabalho, porem seu corpo foi
encontrado embreagado e jogado em um bar,
alias em mais um bar, uma pessoa que nunca
bebeu e não gostava da amargura das bebidas fermentadas
a viva já lhe era muito amarga,
e então podemos comemorar o que?
vamos celebrar a passagem da vida
terrestre para a vida celeste?
não é nosso prestigio,
poderiamos nos lembrar, dos
dias crueis na fabrica, das
mãos calejadas, das mãos quebradas
dos sonhos que sumiam, a cada queda
da lamina que cortava chapas, cortavam
pensamentos, ideias, no caso do Friensky
cortou seu corpo, se tornou morto,
e ao contrario do que alegaram, ele não
estava muito louco,
talvez aquelas mãos cansadas de verificar
cabos eletricos, eletronicos, eletrons
que contaminavam a mente e na tarde, poderia
ter influenciado na tentativa de matar seu
patrão, e duas horas mais tarde, foi encontrado
morto no bar, esse deve ser o mundo em que vivemos
esse é o mundo em que morremos, esse mundo é onde
comemoramos todos os dias todas as mortes, todos
os indios, todos os cablocos, todos os escravos,
todos os membros do sub-mundo, todos da cana, todos
da soja, do milho, madeira, petroleo foram mortos
como voces, como nós.

Quando criança a primeira vontade que tive foi a de querer morrer, naquela época diziam que eu era doente, diziam que eu sofria de algum mal, do fígado ou do coração mesmo. Sei apenas que os meus médicos sempre negaram de qualquer enfermidade em mim, contudo tenho certeza que sofro de algum mal desconhecido deles.

Durante minha infância cresci aproveitando ao máximo os prazeres ilusórios da vida. Acreditava no que não se podia ver, mesmo assim era feliz e como era. Estes sentimentos sombrio, depressivos e angustiantes nunca estiveram presentes durante minha infância, mas naquela época não havia tristeza me mim, como era bom ser criança. Isso durou até quanto eu descobri que tudo não passava de mentiras, sofri tanto com essa descoberta, como sofri. Lembro-me que a minha votante de morrer permanecia e os meus planos para um possível suicídio estavam se concretizando.

Quando cheguei à puberdade eu sangrei e chorei muito. Conheci a angústia e a depressão, entretanto, eu não sábia mais o que era certo e o que era errado. Naquele momento eu estava sem caminho a percorrer e resolvi desbrava o mundo da ilusão. Entrei em um caminho torto, estava cansado de sofrer e fui atrás das paixões e da felicidade e foi assim que encontrei a fantasia. Cheguei há estar alegre no mundo das fantasias, porém apenas durante o dia, o meu problema era durante as longas noites, nessa época o meu melhor remédio era eu não ficar comigo mesmo, o que acontecia com freqüência nas madrugadas. Nas madrugadas eu tinha muito tempo para planejar os meus velhos planos da infância, planejar a minha morte.

Hoje sou um homem doente... Um homem mau, um homem desagradável[1], vivo de cama com a saúde muito debilitada. Se fui uma pessoa boa ou má, não sei, apenas sei que nunca desejei estar aqui neste lugar miserável e vivo, sempre me senti obrigado a viver e hoje percebo que a vontade de me matar foi o que me manteve vivo. E como dizem os filósofos, que a única questão digna de reflexão é o suicídio. E afirmo com orgulho que foi sobre este tema passei grande parta da minha vida a pensar e é por isso que acredito estar vivo.



[1] Em referencia à Memórias de subsolo.

S/ titulo

Amanheceu novamente,
ferozmente, a briga da
ultima noite não foi
suficiente para livrar
essa força acumulada
e contida, os corpos
ainda estão machucados,
ainda estão destroçados,
muito mais e muito menos
que corpos temos mentes que
alucinam com apenas um copo
de agua, que nunca serviram
para nada e por falar em nada
vem logo aquela ideia uniforme
de tudo, onde poderiamos nos
esconder se as estrelas começassem
a cair?, onde tudo é destruido e nada
passará camuflado aos olhos do senhor,
senhor porque vossa alteza não vai
a merda?, gostaria de poder viver mais com
tudo e esquecer desses nadas, e tu nadas?
sem motivos, nem objetivos, era o que o cara
do microfone gritava e ninguem podia entender,
nem mesmo quem vivia no quase inconsciente,
incompreenssivel mundo de sangue, merda, lixo,
já falamos dos senhores?, multilação, violencia,
Lucy ainda lembramos de suas alegrias, na ultima
semana ganhou o premio de melhor amiga, melhor amante,
melhor delirante, mais nesse muito o que dura mais de 7, 10,
100, nada podemos esperar da tendencias, as tendencias são
essencialmente suicidas, poderiamos nos enforcar agora, mas não vamos
sabe porque?, porque no minimo gostamos dessa merda, desse esgoto, já falamos
dos senhores?, porque voces inexistentes leitores não nos deixam em paz?,
parem de ler isso, nuncam entenderam mesmo, se quiserem podem ir a merda
ou se for para mudar entre na cabeça de alguem e em breve mudaremos essa merda
que todos chamam de terra................
Prostração

O sentimento jaz aqui dentro

O fogo queima a pela e destrói as cinzas

Minhas palavras me engasgam e se acumulam dentro de mim.

O que antes era fácil hoje é me destrói e me transforma em pó

Prostração

Os meus dias são funestos

Os melhores sentimentos que hoje vejo estão expostos em estantes coloridas

Os corpos vazios caminham sem rumo

Justificam estes movimentos como uma fuga desta realidade...

[A fuga das realidades é o único meio de viver]

Os corpos vazios

Pessoas gordas, feias, magras, velhas e sarnentas

Prostração

Tento esquecer que faço parte do pior

Entro em meus sonhos procurando as cores que me alegravam quando criança

Não consigo encontrar motivos para uma vida digna

Prostração

Busco o transcendental de papeis brancos

O desespero em mundos metafísicos

Entro num profundo mundo solitário

Desejo que o fim seja o melhor começo.

Prostração.

S/ titulo

Já se passaram muitos anos,
voce não vai voltar, todos
imaginavam isso, tudo não
passou de um sonho bom,
ainda temos armas nas
mãos, não temos nenhuma
solução, olhavamos a estrada
e sentiamos dor, amor, e voce
flor negra não voltará enquanto
essa triste cidade perdida existir,
tudo que nós restou foram lembranças
de quando voce horrivel flor negra, cortava
ou melhor rasgava o chão empoeirado das
cidades, nossa mente já comprometida,
por muitos complexos e traumas, ainda eramos
obrigados a cheirar aquela fumaça, seria bem
melhor flor negra, se estivessemos em uma camara de
gas e morrendo, sonhando, transpirando, pirando
e no apice da perdição imaginavariamos voce nua
em nossa frente com o seu mais horrivel e podre
corpo, corpo sem massa, sem asas, e as petalas e folhas,
já foram derrubadas por nossas armas de repetição com canos
refrigerados à sangue, quando estavamos pensando em partir para
o leste e saquear, assaltar e demolir as construções da ciencia,
voce flor negra, foi mais rapida e quando ainda estavamos arrumando,
a bagagem, recebemos a noticia dos mais diferentes jornais
que tudo está acabado, estavamos sos neste mundo, tudo mudou, os olhos
e as bocas dos aflitos nunca mais tiveram paz, e agora flor negra da galaxia
perdida, sinto que é hora de partir não sabemos para onde, porem a estrada é longa
e as curvas são bastante fechadas, não confiaria em ti flor negra, mas desafiou nossas vidas e se pos em um perigo eminente

S/ Titulo

As pedras jogadas no rio,
sofrem uma queda quase fatal
afundam e se afogam no solo podre,
e lá permanecem por um longo tempo,
perdidas no fundo, perdidas no mundo
quando um dia conseguirem chegar a margem
novamente, pode ser que esses velhos e
podres corpos que nos sustentam já se encontrem
atolados dentro da terra e que lá permaneçam
até que alguem vindo do além nos resgate e nos leve
para bem longe desse planeta em extinção, em ebulição,
os mundos destruídos por nós, já somam vários milhões
e esse não será o ultimo nem o primeiro, será apenas
o planeta terreiro, que pouco pode fazer para conter
a contenção das aguas sujas do rio, onde tinham cachoeiras
e agora nem as pedreiras sobrevivem, as maquinas pesadas, maquinas
desgraçadas, que se empenham em jogar pedras no rio e junto com um
massa cinzenta, uma massa cimenta afundam e causam traumas, as formigas
traumatizadas, correm com medo dos estouros de dinamites que sobraram
dos assaltos de bancos e agora são usadas para quebrarem as pedras,
as pedras são esses pobres seres que permaneciam ali como guardiãs do tesouro
só que esse tesouro não existe para quem não sabe dar valor....

Irmão,

Eu invejo-te

Tuas palavras concretas e certas

Tua imagem e tua voz serena

O pensar e o agir de um sábio

Isso és digno do teu ser

Grande ser és tu, irmão

Falas com prazer de um grande hombre

Quando não encontras as palavras certas,

Realiza em suas ações o que não pode ser exprimível pela tua voz,

Admiro-te

Pois, tu sabes ser tu

Quando não há palavras e nem ações

Tens forte presença, que ultrapassa o teu ser

Irmão.

Pode o sangue não ser a nossa ligação

Ainda assim tu és para mim

Um irmão.

s/ titulo

Agora estamos aqui e estamos aqui mesmo,
escrevendo sobre o não sabemos lendo o não
entendenos, se encantando nos cantos o mundo,
bem que queriamos explodir seu cranio e comer
seu cerebro como se fosse espaguete, mas não
deu, erramos a medida de dinamite e nos explodimos,
antes olhavamos a estrada e ela parecia não ter fim,
um dia seguimos a estrada até seu fim e chegando lá
percebemos que era simplismente outro começo, seguimos
todos os começos e fins visiveis e quase nos tornamos
in-visiveis, nessa epoca nos acompanhava um cachorro preto,
ele tinha o bilho de um louco diamante, porem ele morreu,
quando tentamos explodir seu cranio para comer seu cerebro,
já nem sei de quem era o cranio e de quem era o cerebro,
não nos importamos em ter o não ter, nem em ser ou não ser,
por enquanto vamos correndo pelados pelo mundo, mostrando quase
tudo em busca de quase nada mesmo, pelo menos, não temos certeza
do que buscamos, não se esqueça nossa querida de abastecer os tanques,
porque a estrda se torna quase desertica agora, e só vamos parar,
proximo a paraiso, onde iremos explodir outro cranio e tentar comer
outro cerebro como espaguete, e lá seremos outros....

s/ titulo

Sempre lhe ocorria as mesmas coisas,
quase nunca confiava em dizer para ninguem,
o que acontecia, então não comentava somente sentia,
que sensação era essa?, só tiveram conhecimento um pouco
antes de ficar inalcansavel, geralmente começava pela manhã,
era uma sensação de vazio, de perca, de tedio, nesse dias as
pessoas mais importantes para sua vida, não tinham significado
algum, sua aparencia era alvo de comentarios em todas as repartiçoes,
comentarios dos mais varios graus, desde de simples drogas, chegando
ao nivel de livros, porem o que fazer quando nem as drogas são mais usadas,
simplismente porque já não aliviam nenhuma dor, o que fazer quando os livros
já não tem importancia, muito menos seu significado, alias esses significados,
as vezes carregava ainda essas sensações que tiveram fim naquela manhã fria de agosto

S/ Titulo

Os dias começam e escondem,
os crimes cometidos na noite,
corações que batem aflitos,
corações que já não batem,
felicidades adquiridas em
uma cama com uma pessoa,
felicidade curta, o sol nasce,
muitas morrem, desaparecem,
talvez existam coisas que nunca
acontecerá novamente, e
caminhando como uma serpente
exposta ao sol, lutamos para
chegar na sombra do vale
das sombras, nas sombras
do seu corpo, me perco, me iludo,
não queria que fosse assim, mas
no fim vou ver todo aquele sangue,
sujando as roupas brancas, roupas brancas
de paz, será que você vai fazer falta,
pelo menos pra mim nunca será esquecida,
desculpe por não lhe permitir,
que leia isso, existem pessoas
que não podem viver mais que uma
noite, desculpe por não lhe deixar
ver o sol novamente, quando o
sol nasceu havia uma mancha
escura em sua volta você
estava escura, suja, mas o sol
escondia toda a escuridão
já nem sei o porque das desculpas,
deve ser uma forma de aliviar
a alma (alma?), que carrega varias
tragédias, enquanto uns dormem, outros
dormem para sempre, tento descarregar,
tento aliviar, seremos para sempre um louco
diamante brilhante.