sem sol, sem saudades


Hoje o dia parece longo demais e este calor que
consome os corpos, junto com este asfalto quente
que não acaba e focalizando este objetivo funebre
que está tão perto e que nunca acontecerá, já não
espero de amanhã o brilho do sol, nem o cheiro das
flores e muito menos que os rios corram normalmente
transportando vida, transportando alimentos, isso já não
alimenta esse corpo que está se reduzindo a nada e em
nada tudo se transformará quando descobrirem todas as
minhas mentiras, todos os iludidos, que esperavam de mim
alguma coisa que espeavam alguma coisa de qualquer coisa,
os que esperam, tem paciencia demais para não concluir algo
que nunca será normal, será sempre está aberração e berrará
muito só que este muito, não será ouvido nem muito pouco,
nem por poucos aberração berra, enquanto falamos e o que 
berra dentro do que fala, confunde os sentimentos confunde
os sentidos e quem poderá dizer que estava errado sendo que
niguem entendia e mesmo agora com todo esse choro que
cerca, o que berrava dentro do que falava, agora nem berro
nem fala, foi silenciado pela não compreeção e não ser
compreendido, pode até ser entendido como diferente e a diferença
entre o diferente e o que berrava dentro do que falava e muito difente
e todas as ameaças de eliminação já não assustam mais,
todas essas armas, todas as pressões feitas para calar, para
eliminar já não são ameaças, não são pressões, o que
berra corre atras, corre em busca de seus inimigos,
para ser compreendido porem até seus inimigos o esquece
por ele estar tão diferente que niguem o conhece talvez ele
mesmo não se conheça ao ponto de querer ser compreendido,
talvez o berro que nasce dentro de si, lhe tirou a capcidade de
compreenção, talvez buscará ser seu proprio inimigo, e se seus
inimigos deixarem de existir assim como seus amigos, neste mundo 
tão solitário, a solidão não faça bem aos solitários, pode até ser que os
soitários não suportem toda essa multidão com seus desejos meio
intintos, correndo pra cima e para baixo e nesse fluxo ordenado de intintos
não há lugar para os solitários, para os que berram, nem para os solitários
que berram, talvez a unica exigencia seja, que seus inimigos reaparecem,
com mil vezes mais vontade de vingança que todas as outras vezes,
isso somente para não parecer tão idiota um ato diferente feito por um 
diferente e que se tornou um igual apenas, por um status que não é,
este status foi, era, por isso não é, e em torno do mundo que o cercava
talvez fosse pequeno demais, fosse limitado demais, fosse atrasado demais,
quem sabe aquele mundo não girava e por não girar tudo continuava igual
como se fosse um cenário definitivo e essa definição não se enquadrava
aos seus modos de vidas, nunca existiu modo de vida e sim modos de vida
pois a cada milessimo de segundo mudava seus principios seus valores
por isso os principios e os valores nunca tenham existido, onde tudo se mudava
tão rapido e a rapidez fez com que ninguem entendesse, como se fosse um acidente
em alta velocidade onde niguem nunca consegue descrever tudo, onde nunca
niguem consegue descrever, talvez fosse sempre um acidente todos os segundos
eram 100 acidentes que aconteciam, a vida era acidental onde os acidente eram evitados, eram
reprimidos e a repressão o tornou uma aberração que berrava, e os berros nunca
foram ouvidos, não são ouvidos e nunca serão ouvidos
Talvez, nunca serei ouvido, nunca serei compreendido, talvez nunca terei fim...

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