Amazônnia
sem árvores, sem verde
medo
mudança...
Tudo passa
com o trem que trilha o caminho da mata
mata, que mata por falta
só lembranças
brancas, vagas
de trem que passa
foi exterminado
por falta de vozes
por falta de abraços
morreu de frio
o coração gelado suicidou-se
Vem e me dê a mão
Tudo faz parte de um sonho
que já não sonhamos mais
Há resquícios de um ser
que nasce
por causa do sol
por causa da poesia
nasce afônico
e as palavras escorrem
como mel da minha boca
Joga o cobertor
Acende a lareira
que a vida está descendo um ladeira só
Poetas morrem a todo instante
bêbedos
pelo sabor da bebida errada
pelo estupor da palavreação
morre só
e um epitáfio se escreve
sobre o chão que engole a alma
Rasga a cortina
e deixa o sol entrar
Existe tanta coisa para consertar
A música que ora componho
não pode ser cantada
por vozes insipientes
por cordas desarraigadas
melodia nova
de um mundo que nasce
nos olhos de poeta que morre
s/ titulo
terminando com tudo e com nada
todos os fins nos levam a novos horizontes,
não conheço o novo, esperança não define
as atitudes de quem nunca esperou, o fim
parecia longe a depressão parecia grande,
porém pequeno foi o ato de destruição entre
o términio e o inicio não houve espaço temporal
suficiente para se perceber a diferença, como se estivesse
em uma sala e entrasse para outra atraves da porta,
ali estaria o novo, e a sala anterior deixasse de existir,
começava então a ser imposto o novo, e não esperava
conviver com aquilo por muito tempo e a cada segundo
uma nova sala, e a cada nova sala uma nova vida,
vidas de um segundo o atormentavam e quando acreditava
que estaria voltando para algum lugar, estava na verdade
cada vez mais longe, longe mesmo estavam seus amigos,
que um segundo atrás devorava corações e nesse momento
precisavam de um pouco de carinho, alucinações sempre
seguiram o pobre cidadão de 7fghj5 e nunca conseguiu,
ter um momento mais duradouro que um segundo,
se tornava impossivel relatar algum acontecimento de
sua vida, não podia falar de uma vida que se encerrava
antes que pudesse dizer o que sentia, o que queria, o que temia,
o que sonhava, as portas se abriam antes que pudesse visualizar
o ambiente, e lá ia o cidadão sem cidade, sem historia, sem lugar, sem tempo,
o novo desconhecido, passava a ser rotina e o cotidiano não podia ser mudado
tudo era programado para não lembrar de nada, podia se chamar de instintivo
a atitude de sempre sair pela porta ou se entrar pela porta, não fazia diferença
os lugares eram exatamenter iguais, o problema que um lugar não era o outro
cada lugar era unico, o espaço é unico e ao mesmo tempo igual em 7fghj5,
entaõ se começa uma conspiração por diferenciar os lugares, e uma destruição
precisamente rapida, começa a arrancar os dentre e jogar no chão, para identificar
o espaço, depois os membros, cabeça, cabelos e logo o corpo inteiro está no mesmo
lugar novamente, na verdade todas as entradas e saidas davam no mesmo lugar,
e todo seu corpo destruido, na verdade estava construido, no mesmo lugar,
aquele espaço era vazio, era sem referencias nem mesmo se podia morrer ali,
porque vida e não vida era a mesma coisa e se tinha pressa para o novo, para o fim
para o novo começo e o novo fim.
s/ titulo
mundo em busca de nós, não saberiamos
ao certo o que buscavamos, porém nada haviamos
encontrado, dias longos finalizavam no desespero da
vida mal encontrada no porta-malas do carro, respirava o
corpo apanhado para oferta, nunca sabemos ao certo o que
estavamos fazendo só saberiamos que a respiração seria
finalizada em breve e aquele barulho assustador da
respiração fez com que encurtasse mais o tempo antes
da finalização, e não demorou muito pra que vc fosse ao trabalho
enquanto dirigia, e senti um ar frio do dia chuvoso entrando pelas
costas e gostaria de poder lhe falar algo mais vc estava ocupada e não
pode ouvir, estava traindo a nossa vitima, traiu o plano e não me avisou,
e naquela estrada molhada meu mundo se encerrou durante alguns minutos
ainda pode ver meu coração sendo levantado ao sol para a benção, nesse instante
percebia que o mundo mesmo nunca existiu e muito menos eu, e dessa aberração de
ver o coração fora percebi que vc não estava dentro dele, e pedi um acrescimo de tempo
pra me livrar de vc, do carro e do cara do porta malas, foram os crimes mais perfeitos,
até agora não acharam os suspeitos até porque tudo não passou de um sonho.....gtakdeid
s/ titulo
quando me disse adeus, a deus pouco
pertencia daquele mundo escaloteado
por sua vida, dias vazios nunca foram
tão vazios, pra quem sempre teve noites
tão complexas, as noites não cabiam nas
noites, os dias eram extensões da noite,
onde se começavam assasinatos e não
terminavamos começavamos um lento
suicidio que durou por toda sua vida,
vida sem regras, sem aquela ultima dose
de voce, achava mesmo que poderia mudar
o que não existia, achava que não te perderia,
porem nunca teve nota fiscal de sua vida,
nunca fiscalizou se realmente queria isso
e no meio de noites pesadas só sobravam
aqueles pensamentos tristes de quem nunca
saiu do seu mundo, quem sabe um dia frio no
apice da madrugada não invada outro mundo
de assassinos crueis e santos malignos e assim
possa tirar voce dessa cocanha e podermos
da melhor maneira possivel sair daqui, correndo pelado
na lua, vi seu corpo em confronto, se aquele
confronto foi amistoso não sei,
só me lembro de não ter participado daquela disputa,
pelo novo mundo que descobrimos, pessoas estranhas
sempre aparecem nos momentos mais estranhos de nossas
vidas, meio mortas, pelo calor de se pensar que está em marte
e eu que acreditei piamente em voce, agora me vejo aqui,
jogado no canto esquerdo de sua cama e não consigo imaginar
que voce me pede pra sair da cama, do quarto, de sua vida,
corro desesperadamente pelo vale da sombra escura dos esgotos
da cidade vazia, vejo que já não pertenço mais as clubes sociais, aos
espaços sociais frequentados por esse corpo imovel, com um pedaço
que lhe foi arrancado, o sangue que escorre pelo chão é o mesmo bombado
por esse coração destruido e é exatamente igual ao sangue que ainda permanece
na boca do cão faminto e guerrilheiro, que é consumido pela cidade vazia,
e por pessoas vazias, um ser complexo sempre é uma ameaça para o cão de guarda,
da ordem social das pessoas vazias, não acreditava que poderia se desfazer ali no canto
escuro do vale e todo aquele sangue no chão o fez lembrar de quando tentou de forma
humilde ainda sair dali, todos os mundos devorados por um ser que buscava o outro,
agora não tem mais sentido, sentia apenas uma pequena dormencia na cabeça e ali estava
parando toda a maquina humana ou não, de um ser abandonado e expulso do mundo seguro, os
segredos contidos em sua cabeça são vazados pelo sangue escuro, e assim pode ver meio de longe alguem muito querido ou odiado não se sabe até agora, se aproximar e de um jeito mais desesperado ainda chorar e correr em torno do corpo quase sem vida, quase inexistente, a agonia da dupla foi tão forte que a vida e a não-vida se confundiram e no desepero da morte pode alcançar a ultima estrela mergulhada dentro do vale de merda, esse foi o mergulho do triunfo, do FIM.......
s/ titulo
acreditou que não
chegariamos lá, é
vc realmente acertou,
realmente foi real, não
chegamos e nem chegaremos
somos tão fracos, tão gelatinosos
como merda, somos a merda dessa
sociedade hipocrita e por isso somos
exclusos, por mais que nos joguem fora,
que nos deixem de lado ainda assim
sentirão nosso cheiro no ar, ideias mirabolantes
sempre acontecem, porém ações mirabolantes só acontecem sob
efeito de alguma droga, droga mesmo é não ser livre
para sumir nesse mundo achado, e descobrir o que
escondem de nós, descobrir mais do que somos,
descobrir toda a merda que corre atrás do shopping,
e invadir esse estabelecimeto carregado de odio e flores
para alguem desconhecido, a poeira da cidade estava
colada no corpo suado, o corpo estava sujo, mais sujas eram
as idéais que corriam na barriga daquelas pessoas, que engoliam
papel, um monstro das beiras da cidade invadia aquele lugar,
era realmente um beradeiro, seus amigos o exergavam porém poucos o
viam, era um monstro invisivel, invisiveis eram os sentimentos bons,
daquele jovem que tivera seu coração partido por alguem que o deixou,
porém nunca foi deixado por ninguem, até por que nunca andou acompanhado
motores alucinantes berravam em sua cabeça, sua cabeça queria aquilo, queria mesmo
era se desligar e a explosão de combustiveis não-renovaveis, o faziam feliz, felicidade
desigual era fazer roleta russa, somente pra assistir assim meio morto o FIM, fim mesmo
não existe, pra quem nunca existiu, nunca foi visto, nunca foi deixado, nunca conheceu
onde não chegamos........
s/ titulo
por descuido deixei de correr, de beber, de comer, a fome era
grande, porém a guerra era curta e nesses dias debeis ficou
parado em frente a luz verde na frente, na frente dos automoveis,
criações alucinantes de criaturas mal atropeladas, que gritam por paz,
que gritam por mais, a luz verde não era tão verde aos olhos de quem
pouco exergava, o maximo que conseguia ver era seu corpo se afastando
e se transformando na linha do horizonte dos pantanos secos perdidos
na cidade, situações inflamatorias ocorriam perto dali um cara pos fogo
em algo inflamavel, pos fogo em seu cabelo e em um momento de desespero
saiu correndo e entrou no esgoto limpo da cidade suja, esgotos limpos passaram
por sua cabeça e toda a cidade suja, velha, apodrecida ficou infectada por suas chamas,
pouco pra baixo uma explosão matará um ex-combatente de bikes sua exterminação não
durou mais que minha vida, minha vida nunca durou mais que um milessimo de segundo
contados por seu relogio exportado de pais destruidos por guerras e nesse lugar de vidas
curtas e eminentes não-vidas, esqueça voce pois não pertence mais a si.
E estou morrendo de sede
Ainda sim grito com todas as minhas forças
Eu sofro pela sede... Por não ser ouvido... Por ter nascido
Grito e a vizinhança não acorda
Não me querem por perto
Pois durante esses momentos, mas perturbadores eu me transformo.
Metamorfose indigna não sabe por que penso na ajuda dos outros.
Afinal todos morrem, devo aceitar isso?
Se todos estamos condenados a um claustrofóbico caixão
Por que eles dormem enquanto eu grito?
Eu deveria acreditar que todos já estão mortos e não condenados
Essa inércia me incomoda... Eu grito não esperando ajuda, mas acreditando que alguém gritará mais alto do que eu para que eu possa me calar. Mas se os saudáveis não possuem vozes para calar os sedentos, não podem nem mesmo contemplar o silêncio das suas águas.
É madrugada e sou o rei do mundo dos mortos
Tenho sede e a saliva me desce como ácido pela garganta
As águas silenciaram-se
E o Madeira esta hora é negro
Como um espelho fosco
Que mostra a lua
Mas não revela meu rosto...
Minha roupa listrada
Me insere no meio da multidão
Só mais um entre todos os prisioneiros
Com um claustro próprio:
Meu corpo
Corpo, organismo morto... O corpo é a prisão do organismo, este quando possui algum resquício de vida, movimenta-se apenas para reproduzir esse maldito corpo.
Nesta multidão de delinqüentes
Eu me perco com um pecado inafiançável
Certas idéias inatas me levam a asquerosidades piores que tempos passados.
E viajo no passado sem arrependimentos, sem medo de morrer nesta jaula
Sou perpétuo espírito sanguinário
Corpo endemoninhado pelo ceifeiro de almas
Das almas, dos eternos calafrios de que me deitam em cemitério sombrios de pequenos dejetos.
Falo da alma para poder fugir de meu corpo
Fora do corpo
Estou liberto deste pecado
Sem o pecado minha alma se sufoca
Ainda sim permaneço preso.
Porque liberdade é loucura, para loucos... E não para os que pensam, procurando caminhos.
Porque caminho é para tolos
Para os que se preocupam em deixar as migalhas de pão detrás dos passos
Caminhos tortos e prefeitos. Com suas almas imperfeitas maléficas
O caminho que só corpos doentes seguem... Corpo de prisioneiro a procura das paredes e da escuridão e não da liberdade
Confissões de um poeta do século XXI
Sou poeta perdido, em meio a uma geração oca, sem sentido. Na falta de um opinião própria eles escolhem as palavras alheias. E se embebedam do licor de outrem. Recusam saber. Recusam existir. Sou poeta de rosto imberbe. E a minha geração de feitio igual não busca mais a decência. Não busca mais a inocência. Se bem que inocentes todos somos. Independentemente dos nosso erros, Deus nos fez errados a culpa é DEle.
Eu sou poeta, uso máscara. E sou tolo. Procuro alguém para pôr a culpa de eu ser ignorante. De eu ser ocioso. Deus é o ser mais fraco que encontrei. Então a culpa é DEle.
Minha geração é inerte. É manipulável. Corre atrás dos sonhos alheios quando não podem sonhar por si mesmas. Talvez nem precisem. Mas na escolha entre dois caminhos errados, eu preferiria escolher o meu próprio caminho errado.
Sou poeta de uma geração errada. Certa em seus próprios conceitos. Buscam uma liberdade e se encarceram numa realidade midiática. Acreditam na ciência. Crêem em seus próprios sentidos. E não sabem que o corpo mente mais que a alma. Ignoram possíveis realidades, aparentemente irreais. Realizam-se na solidão de um quarto de um prédio alto. Só para se sentir superior.
Sou geração também. Sou multidão perdido dentro de meu corpo. Corpo senil de duas décadas. E passam multidões, legiões por dentro de mim. Não posso exorcisar-me a mim mesmo. Por isso escrevo redundantemente. Com o português falso, tolo e barato e aprendi na escola.
Já nem sei se aprendi a ler. Minha geração é de analfabetos funcionais. E sou um poeta analfabeto. Analfabetizado. Sou poeta e as palavras não me alimentam. Não me são comestíveis. Como sobreveria assim?
Minha geração é poeta. Eu sou punheteiro. Punhetando palavras tolas. Tontas. Tremidas. Tolerantes. Tolerantes até demais. Para uma geração tão "moderna". Talvez modernidade seja sinônimo de intolerância. De mente alguma.
Ah Drummond. Idiota. Recusou o mundo caduco. Eu mergulho na minha geração tola. Oca. Com o manual de instruções dentro de um ship. Disponível para baixar a qualquer hora. Minha geração está perdida. Encontra-se encontrando em encontros marcados.
Sou poeta.
E a minha geração. É tola.
Não me lembro como nem quando
É certo que a essência e equivalente aquela
As aguas corriam da mesma maneira
Os olhos transbordavam palavras avulsas
Sempre que chego nestes momentos sento vontade de gritar
Mas isto não adianta
Você não acha que durante estes momentos eu tentei gritar?
- ah, como tentei gritar, e o pior é que consegui gritar.
Mas sei que não adiantou
Não adiantou gritar nem chorar
certa vez eu apenas corri
Corri ate cansar, e cansei.
Neste dia eu perdi a respiração, (também perdi o chão, e o tato.)
Sem poder respirar, eu morri.
Morri e sai pra vida
Encontrei as cores e o cheiro dos objetos concretos e abstrato
Hoje não sinto o tempo, e percebo que o espaço esta passando por mim.
isto não me causa mas a angustia de outros momentos.
Hoje apenas me sinto leve.
Me sinto super leve
Não tenho mais a necessidade de gritar nem de correr
Apenas me sinto leve.
Passado aliterado
Passando sem ser pensado
Pensando eu passo
Pelo passo que passa
Eu passo pelo passado
Passo e ele passa de volta
Passa sempre pelo passo
O passado passa
Passa e pensa
Pensa que é passado
Por isso passa
Porque se fosse mesmo passado
Não passaria nunca...
Romântico
Sei que não sou bom nisso
Sou poeta do escuro, de noites frias
Quando chega o sol
eu fico insandecido
As muitas luzes me queimam os olhos
Me perturbam a mente
(...)
Estava a fazer poemas
num dia nublado
De repente apareceu o sol sem prévio aviso
Na janela do meu quarto para me iluminar a vida
E agora estou cego, perdido
Por isso te persigo pelo caminho novo
Mesmo não sabendo aonde você vai
Eu sigo seus passos
E carrego um sorriso no rosto
Porque sua existência é meu oxigênio...
me fizeram ver
o quanto sou perfeito
Eu olho para trás
e o espelho ri de mim
As certezas me deixam cego
Um milhão de dias
me fizeram saber
o quanto sou eterno
O relógio mente
e eu rio dele
Desdenhando seu trabalho
de contar o tempo
Um milhão de vozes
e não entendo nada do que dizem
me perturbam a mente
Fico inerte
esperando que se calem
para que eu possa ouvir
o som do silêncio
Um milhão de quilômetros
e a estrada nunca acaba
me leva para longe
como se eu procurasse algo
Ela me perde nos seus braços
e eu sou um mundo em órbita
na retilínea estrada que vai
Um milhão de batidas
meu coração me engana
dizendo que estou vivo
Digo a ele que trabalha em vão
ele finge que não ouve
e continua a bater
num coma eterno
Um milhão de palavras
estou confuso em meio a tantos fonemas
Me arrebatam os sentido
Enveredo-me pelos sons mudos
e vou andando
sem pensar em voltar.
De novo
A multidão passa
Passa por dentro de mim
Ainda assim estou só
Falo com a escuridão
Não vejo meu rosto
Ele se esconde de mim
E tudo passa e voa
Corre e soa
E estou só
Com a certeza de que existo
E com a solidão do paraíso
Verdade
E nunca sei em qual ilha devo atracar
Pode ser que haja feras
Não sei diferenciar os iguais
Quando os ventos são bonança
Nem é necessário escolher
Mas se há tempestade
Inexiste tempo para julgamento
Invado qualquer um lugar
Desde que seja terra firme
Sem me importar se serei bem-vindo
Às vezes sou expulso
Outras sou convidado a ficar
Algumas negam minha presença
Antes mesmo de eu chegar
Mas o melhor é que
Serei sempre nauta
Jangada de pele e osso
Há faróis brilhantes de novo
Depois do ocaso eles revivem
É sempre assim
Sou cego com tanta luz
Vou para longe
E conheço outras ilhas
Quando uma delas me apraz
De repente o mar a engole
Novamente sou jangada.
Êxtase
Quando só os sonhos perambulam
É que vivem os poetas
Permeando a alegria
Transmutando entre mundos
Em locomotivas que nunca voltam
(...)
Sob o estupor da lua matutina
Nascem poetas destinados ao delírio
O sol garboroso da Amazônia
Vem pomposo sobre as palhas do babaçu
E eu sou poeta da mata
Extasiado
Doido
Com o canto do uirapuru...
Sociedade Asquerosa
Quando recebi o liquido nojento que vós despejastes pude notar a compaixão que se tem com o próximo, senti todos os caroços descendo minha garganta e agora este relato não faz diferença o vomito já desceu por dentro de mim e já se misturou com minhas vísceras com meus órgãos, contudo esta rotina continua mais amanhã vou lhe entregar mas um prato de comida mastigada para você regurgitar outra vez em cima destes seres enfadonhos e asquerosos, desta vez apenas irei assistir não tenho paciência para ver os pseudo-choros de uma "gentinha sofredora" que todas as noites vem cansada de mas uma dia de labuta e assisti suas vidinhas serem transmitida por cabos de vibra ótica.
agora apenas lhe digo. AMÉM.
Expedições Internas II – Cursando os Rumos
Adiantamos-nos pelo menos em uma hora se comparado a primeira.
Motores pujantes, humanos insomaniacos, madrugada com céu nublado, assim seguimos para atravessar o grande Madeira rumo ao nosso destino. Antes de cruzar o rio, a água atravessou nosso caminho, chuva. Parecia rápida, decidimos seguir em frente. Chuva e escuridão, a dicotomia perfeita, era um The Somberlain com horizonte azul e acima o negro abismal com anseio devorador.
Seguindo na linha acinzentada com um céu de ressaca cultuando a água, cochilos a 100 km/h. Uma manhã sem movimento, gaviões estacionados em nossas direções, nós invadindo a direção dos gaviões.
Impressionante o quão velho é esse trajeto e tão despovoado o é. Tudo muito plano. A floresta parece planejada, uma economia “des” Rondônias. Tão baixa quanto o meu sentimento regional por essas delimitações que é o Estado, até para atravessá-lo, eu o descrevo. Realmente, essas florestas foram plantadas! Mas exterminaram, expulsaram e/ou desalojaram seus plantadores. . .
Paradas na margem da linha, café da manhã, o tradicional leite e seguimos. Respirando. A parada mais demorada antes da chegada trouxe reflexões e risos. Fumamos palheiros. Eu vi um necrófago morto na beira da estrada, negro como todos os necrófagos. 4 horas de viagem e chegamos ao nosso destino, tranqüilos, insones e a procura de alguma coisa, até aí não tinha nada decidido.
E começamos a andar na pequena cidade, era constante ver a mesma pessoa em menos de uma hora. Tomamos café e fizemos o reconhecimento histórico: Feira tradicional; Comércios; Cemitério pequeno, mas peculiar, com algumas estatuas e pichações curiosas; Igrejas, prédios de arquitetura da primeira metade do século XX, parede anarquizada, Ribeirinhos e poucas mulheres! Andamos bastante. Éramos olhados. No almoço, comemos peixe, não tinha nada melhor do que isso! Tomamos uma cerveja. Tudo isso na margem esquerda do Madeira.
Estávamos bem, circulamos mais uma vez pela cidade para alguns ajustes nos motores e fomos descansar numa praça central, não tinha ninguém quando chegamos. E ficamos por ali algum tempo, quase sempre vigiados pela população que estranhava-nos.
Era um sono confundido com tédio, decidimos voltar no mesmo dia. Tarde de sol. Voltando, os motores iam ao máximo. É sempre assim. Vimos ótimos igarapés para um banho na tarde quente e esfriamos nossas mentes amazônidas.
Voltávamos pelo mesmo caminho, mas percebi que na ida não observamos a importância de cada casebre que está naquela localidade sem qualquer instituição governamental, comércio e combustível. Penso no meu fútil tédio que cheguei a sentir, isso não é nada comparado ao que esses sertanejos, ribeirinhos, caboclos e nativos vivenciam, no meu maldito olhar ocidental!
Nossa ultima parada na estrada, foi para celebrar nossa viagem, bebemos a ultima ml do leite, fumamos e conversamos na beira da estrada. Entre risos e bagunças, legitimamos a vitória de mais um desafio “in-cotidiano”.
ninguem ainda havia sonhado e ninguem nem sonhava em sonhar
com aquele sonho meio real, porem era uma realidade distorcida,
desaparecida de nossos olhos lagrimejantes de imaginar um desses
sonhos, e deitado em sua cama realmente ouviu um barulho que
vinha de lugar nenhum e chegava aos ouvidos sonolentos daquele
ser humano sonolento e irritado que começou a ter alucinações
meio perversas para sua saude, e se lembrou de todos que morreram,
os que morreram mesmo de verdade, ficou sem vida e os que
morreram na memoria desse ser humano, e fez um corte temporal
onde lembrava dos dias no escritorio onde o tempo não passava,
onde todos faziam suas preces para que o tempo passasse, para que
chegasse meio-dia, para que chegasse o fim do expediente e todos
abandonavam suas cadeiras e seus computadores e corriam em
direção a porta que parecia ser pequena demais para suportar
tanta emoção de ter acabado mais um dia de trabalho e durante
mais de vinte anos só se preocupava com isso, e lembrou
de ter visto um colega de trabalho caido na calçada com uma
faca cravada no peito e ainda com vida suplicava por socorro,
porem eram exatamente 06:01 horas e nesses fins de expediente
a corrida para se alcançar o conforto do sofá na sala e assistir TV
é muito grande e o pobre colega de trabalho teve que morrer
sozinho em meio aos carros loucos que corriam de um lado a outro
da cidade e depois de uma noite inteira de sonhos e muita TV,
muitos se confundiram e não sabiam se o colega tinha morrido mesmo
ou era mais programa de TV, e por esses casos resolveu falar de seu
sonho para o novo colega de trabalho que substituia o antigo morto
no programa de TV e seu sonho não falava da morte ou do trabalho,
seu sonho falava sobre uma visita inesperada durante a madrugada,
enquanto todos dormiam a visita aconteceu parecia ser um vento forte
que vinha do leste porem eram uma grande turbina que produzia vento
para todos os lados, logo essa grande turbina roubada das usinas
hidro-eletricas do rio madeira não saia do lugar ela sempre esteve lá
e eu nunca tinha visto antes, porem essa noite consegui ver os autores
do crime eles não eram terrestres, eram uma especie evoluida de alienigenas
e tinham uma comunicação diferenciada, os sons eram emitidos atraves de seus
orgão sexuais e fiquei a noite inteira conversando com esses loucos vindos
de saturno e no fim da noite tivemos uma transa rapida e foi só isso o meu sonho
meio realidade e nesse momento senti que todo sonho e toda realidade se juntaram
e se tornaram coisa nenhuma, pois agora estou caido na calcaçada com uma
faca cravada no peito exatamente as 06:01 horas e ainda penso, será que o colega
de trabalho morto ontem tambem teve um sonho desses, será que ele tambem transou,
será que alienigenas de saturno vão dominar a terra se for isso fico feliz porque contribui,
mais agora não dá mais tempo para pensar vou suplicar, por socorro.
HUMANOS HIPOCRITAS
O silêncio do reacionário
Nem na noite, nem na vida, nem na morte
Nem no nada... É não!
Você não lê como o outro, mas entende como tal.
O barulho, o ruído, o zunzum, o som do grilo, o cantar do sapo, o vento nas arvores, os passos, a voz distante; parece não incomodar, não incomodam, mas altera o ambiente, induz o pensamento, modifica o todo.
O peso do ar, o respirar, a intensidade do pensamento, os batimentos cardíacos;
E aquela ecoalização constante que não cessa em teu ouvido que parece ser o silêncio
Faz com que tu penses como o outro... Por que o outro vive este mesmo silêncio.
Não é como tu pensa que é, não é como tu quer pensar.
O espaço te proporciona tal pensamento... E tu aceita!
O ambiente está poluído. A nossa mente está poluída, ela nos engana com o tal silêncio.
Você sempre ouvirá algo, o nada não existe.
Nem na noite, nem na vida, nem na morte
Nem no nada.
Vai ser sempre quase nada porque tua percepção de mundo é limitada.
E quando tu puderes compreender esse “silêncio” já anunciado
Tu serás louco por ouvir demais, o que para todos é normal.
Coturnos amarrados... Camiseta com influencias mayhemnicas
Crescente angustia ecoa no coração troll
Suspiros contraídos de ódio por um passado
Amargurado... Liberto ele é Barrabás
Apanhando o salvador e colocando-o na cruz invertida
Noite com cheiro fúnebre e postes com luzes apagadas
Ruas que exalam a esgoto... Um pisar no estreito sujo de lama
O caminhar para o centro imundo como inicio de uma jornada
Escuridão envolve o ambiente
Em frente a três monumentos mortos ainda lembrados
Três defuntas... Ex-prostitutas elitistas... As três Marias
Abaixo de suas saias o demônio vocifera antipatia aos reacionários de preto que ali se encontram
E Judas segue insano para o abismo mítico
Correndo pela ladeira Farquharquica escreve seu manifesto malevolente com traços mal feitos em uma parede histórica de história mal contada
Atmosfera de guerra com batismo no fogo para queimar a alma
“Tu não tem deus, tu não têm ninguém!”
Ignorado por Diana... Oh bastardo de Satanás
Os mistérios escondidos em teu crânio vêm sendo revelado
Malditas palavras que arruínam a vida
Murmúrios vindos do grande madeira
“Corra para a catedral Judas, destrua o altar e queime o sagrado coração de Jesus”
Como um cão de preto corre... Atingi o templo
Acima da cabeça os cânticos da rasga mortalha
Apenas um arremesso contra a porta e o profano está dentro do sagrado
Matando todos os santos... Evitando lágrimas e adoração
Realizando o merecido ritual aos divinos
Com chamas infernais queimando o coração de Jesus
Fogo que ilumina as instituições triviais
Onde estão os anjos com as trombetas?
Este é o apocalipse e aqui está o Anticristo
Deslocado mais para frente os olhos podem assistir a maçonaria iluminada pela catedral em chamas
Sem arrependimento lança a inexaurível labareda à filosofia de pedra
O simbolismo maçônico transformado em fumaça negra
Totalmente queimada com suas idéias de indivíduos dominantes se passando por universais durante toda a história
Este é o sacrifício da mentira
Todos desesperados com o caos instaurado
Assombrados com as chamas revolucionárias que queimaram o reino cristão no solo de xamãs
Ilusões apagadas de falsas instituições
Décadas que ficaram na memória das pessoas
Para a profunda glória a este vivido trágico... A queima dos fragmentos fantasiosos que mantiveram a maldita sociedade autoritária
Descendo na ladeira sórdida de Bonifácio
É uma noite de sábado babilônica
Profundamente indomável rumo ao materialismo memorável
Frente à antiga estação férrea alimentada pelo tempo
O bastardo registra a arrogância da decadência na parede que conta a história
Cheio de ódio grita inutilmente altas palavras de discórdia... E é ouvido
E corre... Como um selvagem dessas florestas
Vociferando a cada encruzilhada elevados vocábulos de guerra ódio e sodomia
Cansado... Sentado na beira de um meio fio na calçada
Ascende o cigarro e bebe álcool
Chapando com lembranças de musicas que exaltam hordas
Falando sozinho até o sol fulgurar
Voltando para casa... Retornando ao refugio do demônio
Num quarto que fede mofo deitado sobre lençóis não lavados há semanas
Esperado pela vigília planejada de Diana
Culpado de idéias iscariotistas depois de tentado a sua terra
Pérfido, pensa... Pensa... E dorme
“Tu não tem deus, tu não têm ninguém!”
Isto é real, pensou após acordar angustiado
Não viu mais a Deusa Diana
Para Diana ele sempre será o Judas
E esse é o fim de Judas acusado de traição
No calabouço da escuridão quente ele ficou sozinho
Um desperdício de desejos é consumado após a queima dos ídolos
Cordas que cobiçam um pescoço com pensamentos bestiais
É como acontece na inquisição... Uma mentira a mais para matar
Dias mais escuros estão por vir
Expedições Internas
Expedições internas – O que vi e conheci
Ainda era cedo quando as primeiras dificuldades vieram, mas continuamos.
Vimos o sol flamejar pela esquerda e começou a revelar o verde que íamos ver por algum tempo.
Estávamos fascinados pelo o que poderia vir, sem ter idéia do que era na verdade.
Logo não vimos a primeira hora passar e chegamos no primeiro ponto onde assinalava uma ponte antiga, a qual só conhecíamos por “ouvir falar” ou ainda em livros. Era um primeiro contato com a história. Chegamos ao povoado, onde não nos demoramos muito e por um breve contato visual pude perceber que a localidade estava em ritmo de álcool, bêbados e putas a festejar.
E continuamos... O asfalto estava parecendo uma linha estendida ao chão, mas a qual não saberia o fim. O olhar se mantém fixo e reto na linha imaginária que uma vez ou outra aparece com várias ladeiras.
Em outro ponto observei mais um grande trecho da história regional que eu não sabia que existia em determinada localidade. Eram os mesmos objetos antigos que existem no lugar de onde eu saí. A diferença é que nesse ponto eles são menos, porém parece ter mais valor e significância, pelo fato de o colocarem como distintivo daquela região. As faces que apareciam por lá eu não conhecia de nenhum lugar. Nosso sustento do começo até aqui, foi apenas uma caixa de leite.
E seguimos na linha... Dissipavam-se vários personagens ao longo daquele cinzento e quente chão. Duas pessoas na beira da escaldante linha esperando ajuda para se locomoverem. Um homem barbudo com garrafas no meio do “nada”. Um posto de gasolina mórbido. A sensação era mais estressante o calor provocava sede. Tão quente que eu já estava desacreditado na camada de ozônio. A fome estava estampada nos olhos de cada um. O corpo pedia um rio, mas a margem da linha só evidencia floresta e pasto. O único ruído aos ouvidos era de motores. O nosso objetivo tinha se tornado um desafio, era vencer a nós mesmos. Não que o ponto de chegada fosse uma vitoria, mas demonstraria superação por pessoas que saíram de suas estagnações com meia idéia de mundo na cabeça na busca de ver de perto parte do ambiente que a tanto discursam em seus cotidianos. Era uma tríade demente.
Deixamos a visão das outras cidades para a volta e nos apressamos, já contavam mais de sete horas de viagem. Passamos a divisa dos estados. Daí pra frente, decidimos não parar mais, correndo cada vez mais. Agora o estresse era maior, pois não encontrávamos nada, nem mesmo um povoadozinho. Caralho de capital! Nenhuma placa avisando “Capital a ‘x’ km, relaxe otário”. Em nossos planos e segundo as placas anteriores, já deveríamos ter chegado, mas só víamos floresta, pasto e fazenda. Começamos a nos torturar, será que seguimos uma lenda? Mesmo assim nossos motores seguiam para essa inexistência, a história.
Com mais de 10 horas de estrada, finalmente surge o povoado. Na entrada um cemitério, ta explicado. E depois daí percorremos mais uns 10 km, para chegar à zona urbana. Nem mesmo a fome, a sede e o cansaço tiraram nossa vontade de conhecer primeiro o local para depois as necessidades. E olhávamos, éramos olhados. Sorriamos, para o humano. Comparávamos. o rio deles era menor. O transito era diferente, organizado. Eles tinham pontes, locais públicos limpos, prédios históricos preservados, a história do povo em todos os pontos, a borracha. Um local antigo chamado mercado velho. A enorme bandeira do Estado na beira do rio fez com que eu tivesse um sentimento regional maior. Uma praça chamada Revolução, sem muito militarismo e coronelismo despóticos. Vimos a desigualdade social ao lado do centro da cidade, uma área baixa com casas de madeira sem infra estrutura nenhuma, enquanto em outra esquina, bom asfalto, saneamento básico, várias câmeras, fiscalização eletrônica e até um guarda de transito auxiliando. Eles têm um museu da borracha, objeto que parece ter marcado a história dessa população. Era domingo a noite e muitos locais permaneciam aberto ao publico, admirável. Mulheres, a população parecia ser majoritariamente por mulheres. Não foi possível perceber uma diversidade de pessoas no que se refere ao costume, parecia que todos pertenciam a aquele local, isso foi comprovado no olhar deles para nós. Éramos outros, porém de lá.
A noite andamos mais, estava tendo um evento de musica, pop rock, onde tinham alguns jovens curtindo, nada muito underground. Atravessamos o outro lado da cidade no outro lado do rio. Vimos os prédios históricos de perto e ali mesmo era o point das festas, som alto e bebidas.
Após tudo isso, fomos dormir... Dormimos na praça da Revolução. Dormi bem, embora preocupado. Pela manhã revisamos as motos e seguimos para o ultimo ponto a universidade federal. Não fiquei muito impressionado quanto a este ultimo. E daí então pegamos a BR, rumo as nossas origens. E seguimos mais uma vez sem o café da manhã. Conseguimos tomar banho em um lago e seguimos estrada. Desenvolvemos a maior velocidade de nossas motos e seguimos por 100km sem paradas. Apesar da volta estar ocorrendo mais rápida a nossa paciência tava esgotada e a tendência era consumir ainda mais. Mais um dia de sol latente e olhar fixo na linha imaginaria cinzenta. Era uma espécie de psicologia da consumição sustentada pela filosofia da imaginação. Nossa melhor refeição foi na volta, um misto quente com refrigerante. Ahh...
Depois daí ficamos mais extrovertidos. De vez em quando riamos de algo.
E quando estávamos próximos a nossa procedência um dos motores fundiu, mas logo conseguimos carona e chegar no nosso ponto inicial. Mas não deixou de ser uma situação complicada.
Apesar de todas as dificuldades, não me senti um animal fora de seu habitat, pelo contrario. Somos de um único lugar, Amazônia. O clima sempre foi esse que sentimos, a distancia é grande e sempre foi assim... A diferença é que tínhamos que sentir isso na “pele”!
Será que teríamos essa percepção de mundo se chegássemos lá sem dificuldade, sem fome, sem sede, sem vontade?
Percorremos parte do sudoeste amazônico, temos motivos para nos orgulhar do que vimos. Temos motivos também pra repudiar outro lado que continua esquecido. Vimos tudo de muito perto e rapidamente, ainda é uma visão superficial de mundo. Mas é uma visão prática e de vivencia. Não é mais teórica. E isso é fundamental.
Ego perdido
sem sol, sem saudades
- Desfrute todos os sabores e elabore novos conceitos, um dia isto ira acabar.
Preciso de uma arma.
Tenho que matar este mostro que esta dentro de mim, esta querendo me dominar, nãoconsigo entender, você fala manso, destrói as cores e impõem esta dança melancólica, sem sentido e depois de tudo joga esta transição na parede, não me venha com filmes que tem o final feliz, saiba que estes filmes são podres, finais felizes dão ânsia de vomito prefiro os que a morte abraça a vida e se misturam, em uma simples dança, com sabor de rotina, uma rotina nova a cada dia, estes filmes são bem melhores, se bem que é necessário se embebedar a cada amanhecer ao seu lado, para sempre ter estas cores misturadas com as suas palavras simples, do que viver de filmes fatidicos.
Vida Seca
Sempre e o mesmo nhê nhê nhê, conversas sem rumo, olhares que procuram o vazio de lugares “completamente desocupados,” diversas cores no horizonte, um verdadeiro carnaval, vários sabores, com cores e estilos de som variados, alguns com tons de verde e batida de jazz, outros com um simples vermelho e ao fundo a calmaria de um samba tupiniquim. Verdades aparte e certo que esta mistura e magnífica, subclasses e seus derivados, todos jogados no chão todos componentes da mesma orgia, um campo aberto no céu da imaginação, com seu compasso descompassado, ritmos em desordem, criando um belo tocar de apenas um flauta, criações únicas, ventos de apenas uma direção, sempre com suas falas, sem sentido e suas musicas que falam de amores utópicos, dentro um organismo tão complexo. É fato que com isto podemos encontrar falhas no sistema, que juntas causam toda esta asquerosidade, quem um dia iria imaginar que estas falas de amor, seriam significantes, o amor chega ate a matar os vermes, talvez seja a causa de todas as falhas, pois não é possível viver sem os vermes, talvez se você cuspisse para cima, seria uma forma de se salvar, Corra, corra, salve seus vermes, crie novas musicas de amor, novos ritmos, ande em compasso com suas linhas, - seu idiota. – não diga que não lhe avisei, ele sempre volta, o vento não tem força para transportá-los para muito longe, agora cante seu enredo de amor, grite, um dia ela poderá escutar com o som da sua eternidade, seu merda. Você não é o centro de uma lata de lixo, e apenas mais um que foi jogado fora, aqui todos um dia foram útil, para com todo este teatro, mais as mascaras caíram, e aqui dentro não podemos representar, esta subclasse não significa mais nada, quando acordar lembre-se de juntar dinheiro para pagar todas as contas, e depois guardar dinheiro para ir ao Happy Hour, acredite ainda existe as 8 horas e lazer.
vio-lento
Dos vestígios que ficaram só resta o norte
Onde nos lugares inacessíveis o vento sopra forte
Por algum ser que guardou essa terra
A mitologia sobrevive
Os ameríndios sustentaram isso a vida inteira
Até a chegada daqueles que traziam a cruz
Mas era o apetite pelas pedras flamejantes
Tirantes
Antes que os chamem de índios
Eles o chamam de deserdados
Após a domesticação de paisagens
Constituir base de vida
Os seres de pele vermelha
Foram reprimidos na exploração
Por tudo aquilo que os deserdados queriam ter
E nunca tiveram
Um sossego ainda ecoa na impenetrável Amazônia
O norte aponta lanças em todas as direções
A resistência hoje é isolada
Uma flechada contra a inveja
Selvagens frentes, enfrentamento!
Os artefatos mostram fortes antepassados
Que derramaram o sangue para irrigar a vegetação
Deram a vida pelo sossego
Rumo à passagem que leva ao sol
Para iluminar nossas vidas.
Um Simples Fato
Inebriado pela inocência
Tristan Tzara
o sol aquece
O vento refresca
As arvores criam as sombras
E o tempo não fica estático
Ele não corre, nem se rasteja
E não se transforma em bobo da corte.
As viagens são marcadas pela burocracia do sistema
Atravessando o rio da tristeza
Acompanhado de muitas asquerosidade
Algumas moças chegam a nos oferecer doses de repugnância
Com pratos abarrotados de futilidades
É preferivel, sempre o caminho de volta
há mais cultutra
Custuma-se lê seis livros por noites
As noites para mim são os melhores momentos desta passagem
Pois é nestes tempos que é possivel misturar as idéias
Tanto as libertinas quanto as libertas
As ideias libertadoras são as que mais me fascinam
Apesar de serem as mais fajutas
Sempre foi mais fácil amar as coisa ignóbias da vida
Elas são terrivelmentes fatídicas
Chega a me causar ânsia de vomito, regurgitar minhas vísceras
Sempre fui apaixonado pos viagens
Mais durante o dia e assustadoramente impossivel viajar
Quando se chega ao mar a vista fica embasada
À vista sempre é mais caro
Vista-se de requinte para ser melhor à vistada
A vida passa e você nem é percebida
Nos casos comum tudo ocorre caoticamente ocupado
Como o espaço reservado pelo seu ante braço
Ossos em conjunto
Fomam a maquina
Sozinha capaz de se auto-manter
auto/alto=ASCO
Foligem a espreita
Nas sombras das arvores
Frutas pecadoras, paraísos destruidos
Ainda amo o TEMPO.
O barco está furado.
Veja, já me afoguei...
http://livronaoidentificado.blogspot.com/
Gostaria de ao menos, durante um minuto
Admirar aquele tapuru se divertindo dentro de meu crânio
Dentro de meu intestino delgado,
Fico aqui a imaginar
Aquele inútil urubu,
Reles necrófago da natureza
Devorador de restos mortais,
Bicando com enorme prazer meu figado,
Já em decomposição
Ah sim
Acredito que assim ficarei
Postumamente feliz
Vísceras perdidas.
Digo sem nada o
Que fazer decidi
Fazer nada e assim
Preencher o tempo
Que me consome
E que é consumido
Sem nenhuma reação
E assim somos nos
Que de tanto nada
Fazer somos consumidos
Por nos mesmos
E começamos a vomitar
Todo esse lixo que é
Nosso e que é nós
E que por mais que nos
Consumimos mais esse
Lixo aumenta e quanto mais
Lixo temos, menos entendemos
E o mal do seculo é isso: temos,
Não fazemos, queremos não fazer
Não temos nada a dizer só a seguir
A repetir, e a sacudir a cabeça essa fabrica
Infalivel; inesgotavel; inmunda; in -teligente
Como se fossem cachorrinhos carentes querendo
Um prato da sua ração ou querendo alcançar
O saco de lixo que está na lixeira.
E é isso o que queremos nos alimentar
Sem nada querer fazer a não ser comer,
Sem nada querer entender e todo esse lixo
Que todos ( eu) produzem está me fazendo muito
Mal, estou ficando mal estou querendo
Não estar, depois de tantas buscas já não acredito
Que esse lixo um dia vai não estar no mesmo
Lugar/momento que essa pessoa que sou eu.
De todas as maneiras que usam para produzir lixo
Um sempre se sobre sai um aparelho que todos
Compramos e que é ligado ao mundo por uma antena
Capaz de coletar todos os requisitos necessarios para a produção
Esse aparerlho é mundialmente conhecido por tv
Ele é capaz de fazer jorrar milhões de toneladas/segundos de lixo
Na nossa frente para que possamos continuar
A produção individual e depois de tanto
Falar de lixo estou me sentindo tal mal
Que já não posso continuar,
E continuando o meu nada a dizer, digo:
Queria ter alguma coisa pra dizer e sem nada
Dizer estou saindo sem nenhum minuto; sem hora; senhora
Me ajude a encontrar a hora que me perdi a uns
Cinco anos atras e possa sair desse
Lixo e se não puder me ajude a não o ve-lo
Para que eu possa me sentar em frente
A tv e assistir tudo como se nada fosse lixo
E como todos, ter algo a dizer (mesmo que seja lixo)
E sem nada a dizer, digo,
Sem nada fazer, faço nada
Vou embora para lugar nenhum.
Quero acreditar e confiar que a vida já passou e, já se passaram 70 anos
E estou aqui, sem autonomia com uma insuficiência cardíaca.
Após uma juventude de perdições e uma meia idade de preocupações,
Estarei numa dependência de familiares sofrendo de depressão.
Meus olhos estarão sempre contemplando um chão,
Numa visão turva com os olhos sensíveis a luz.
Um lacrimejar de cataratas numa face pesada.
Quero chegar em um momento que não resta esperar mais nada.
Na multidão vários olhos a sua espreita
Confusões
Se possível a todas as direções
Alguns santos o guiam
Não que seja necessário
Nicolau há proteger a ESPERA,
Mais Não é possível um asco de molhador de merda,
Sem interior, sem massa cinzenta,
Apenas tripas, apenas confusões,
Há de ser espalhar toda esta porcaria pelo chão,
Isto é útil
Assim alguém há de olhar toda esta bosta pelo chão,
Nem que seja para se desviar,
Para não se contaminar com este lixo mais espera ou ESPERE,
Acredite isto não foi por você ou QUASE.
Fugas Alucinações
Pequenos e Sombrios
A procura de uma luz
Luz ou ponto
Caos com ponto final
Organizado uma luz perdida
Um espectro por acaso
Fictício ponto embriagado
Ponto bêbado molhado
Um ponto claro que faça diferença
Cheiro de merda
Não há motivos
Mais o homem bomba explodiu
Dinamites em sua cintura
“Ataque Cardíaco”
Parou explodiu o ponto claro na escuridão e partiu.
Acordei atrasado
Sem qualquer preocupação com minha higiene matinal
Fui direto ao coletivo
Com aquele cheiro horrível não fui notado
Pois a podridão já tomava conta do ambiente
Alguns deles olhavam admirados para mim
Não que eu fosse um diferencial
Mais nunca havia me atrasado tanto
Minha respiração estava ofegante
Só quando sentei pude recuperar minhas energias
O meu corpo ainda transpirava muito
E aquele uniforme estava ensopado de suor
O cobrador me olhava meio que assustado ou talvez abismado, não sei bem
Talvez fosse somente ele percebera o que eu havias feito antes dentro naquele coletivo
E ela
Sim ela estava ali dentro
Demorei muito vê-la
Só percebi pelo seu cheiro
Que era o diferencial, um belo perfume
Que se misturava com meu cheiro de esgoto
Mais um cheiro comum por isto nunca ela iria notar
Minha podridão
Meu cheiro de ratos mortos
Tripas pelo chão
Vômitos de bêbado
Comida estragada
Nada disto conseguia se impor diante daquele perfume
Outros dias eu havia sentido cheiros mais maravilhosos
Mais sempre eu os domineis
Mais aquele era viajante
Uma droga que me fazia viajar por lugares, antes nunca visitado por mim
Era uma maravilha
Mais onde eu estava não poderia ser dominado assim tão fácil
Era preferível sentir minas vísceras apodrecendo sozinhas do que aquele perfume
Então ela se levanta e desce do coletivo, próximo ao jardim do Éden
Pronto.
Minha parada e a próxima
Eu e todo mundo que ainda se encontrava no coletivo
Ate ali eu já conseguia sentir o cheiro de enxofre...
Vísceras
Estou sem forças
Minhas Vísceras estão expostas.
Eu preciso apenas de palavras para reerguer
Eu preciso de confrontos,
Preciso de Batalhas,
Preciso Lutar
De fugas...
De Sangue,
Tentar me levantar sem ajuda sem este olhar miserável.
É necessário discursos para fazer o horror
Silenciar o mundo com palavras
Num genocídio claro
Necessário, assim como se fosse normal,
Assim como é NORMAL, COTIDIANO,
Um simples genocídio,
Aniquilar como aqueles que enganam, matam
... Não que eu esteja com a verdade
Pois a mentira também é essencial
Devemos estuprar todas as verdades e as mentiras
Elas são irmãs e andam juntas!
Elas irão buscar suas tripas, pois elas se alimentam disto.
arranque rasgue seu coração
E mostre seu sangue, pois você esta impregnado de mentiras
Camufladas de verdades
Verdades com interior podre.
Penetradas pela irracionalidade
As verdades e mentiras agora lamentam
Por serem apenas definições de mundo
Conseqüentemente um orgasmo de realidade
Talvez fosse comum buscar a morte
Encontra uma realidade fora desta macabra e "utópica ilusão"
Antes fosse, Organismo de realidade.
'“vísceras” perdidas.
Por Alberto Lins caldas
Eu a conheci a mais de mil noites atrás
Cabelos negros e longos, e trajes de donzela
Eu podia imaginar a nudez que levava
Como o fogo que queima em uma vela.
Ela perdera sua magia diante de mim
Como uma alma do caos enfadada
E esperança pronta a ser exumada
Crescia cada vez mais ao anoitecer
Ela estava mais intensa e forte
Dominava meus pensamentos
Eu já não respirava o mesmo ar
Era frio... Vagaroso o pensar
Uma tortura frigida no cérebro
Como um gelo num crânio humano
Ela usava a angustia ingenuamente para matar
Eu estava no estado mórbido
Como Nietzsche ao abraçar o cavalo
Como Sade e as fezes
Como Calígula na morte de Drusilla...
Ela era fúnebre com olhos semi-abertos
Uma virgem sem saber que era insana
Não é Kali é a grande deusa Diana.
Enterrado em um fim
Sem sentido para alguém
Uma Filosofatia para mim
Determinado o começo
O desejo de partir
Sem nenhuma resistência
Eu defunto deveria ir.
Terminada a tarde fúnebre
Eu defunto fico aqui
Não é o espaço que decidi
O que deve surgir
Detestado nesse ambiente
Prefiro parar e rir
Todos me atravessam
E eu continuo ali,
Como necrófago que devora
Um despedaçar para ninguém sentir,
Eu quero silêncio absoluto
Permanecendo inerte aí.
Para fugir disso que era tão abrangente como sol que nos aquece e nos mata e nos adoecem e foi isso que aconteceu com toda a serie dos w 316 via tudo àquilo sem poder ter noção que tudo era uma criação tão indestrutível que nem pode ser criada.......
Escrito por Paulo Moraes
A porta está fechada.
Uma meia idéia de tudo ou quase nada.
A condição infinita dos números esta sempre na frente do tempo
Faz coisas que não é para ninguém entender, apenas ver.
É sempre o algarismo liquido poluidor da mesma água
Que para os bestializados não significa nada.
Descobri que, nem sempre acordamos de olhos aberto
Descobri que, sempre enxergo embasado ao amanhecer
Descobri que, à primeira vista, tudo é surreal
Descobri que, a vida é uma droga
Descobri que, devemos experimentar todo tipo de droga
Descobri que, as piores eu já experimentei
Descobri que, quando não uso droga parece que estou sempre drogado
Descobri que, quando estou drogado me sinto como se não tivesse
Descobri que, todo mundo fala uma coisa e faz outra
Descobri que, isto é normal
Descobri que, também faço isto
Descobri que, eu era normal
Descobri que, enlouqueci ao nascer
Descobri que, enlouqueci ao ficar normal
Descobri que, ficando normal pude ver que nunca fui normal
Descobri que, assim vi que eu era louco
Descobri que, todo mundo tem um pouco de louco neste tipo de ser normal
Descobri que, meus amigos são os mais loucos que pude encontrar
Descobri que, sou o único normal entre eles
Descobri que, eles são uma droga
Descobri que, estão tentando me enlouquecer
Descobri que, uso droga
Descobri que, gosto
Descobri que, não gosto de viver
Descobri que, sempre quis me matar, pra parar de usar droga
Descobri que, a vida acaba após a morte
Descobri que, começa outra vez
Descobri que, tenho medo de morrer
Descobri que, odeio estar gripado
Descobri que, não quero morrer assim
Descobri que, vou me matar
Descobri que, não vou me matar estando gripado
Descobri que, do meu nariz escorre vômito
Descobri que, acho isto estranho
Descobri que, estou drogado
Descobri que, vivo
Descobri que, enquanto estiver vivo vou estar drogado
Descobri que, que não faz sentido o que estou escrevendo
Descobri que, muitas coisas da vida não fazem sentido
Descobri que, as drogas são assim
Descobri o remédio
Descobri que, descobri?
Descobri que, descobri!
Descobri que, descobri.
DESCOBRI QUE ....
Vá a merda!
Talvez não...
Talvez tudo tenha um inicio em tempos remotos
Em algum lugar
Em um simples ponto
Um ponto insignificante
Um lugar e um ponto
Uma frase solta em meio a uma simples conversa
E daí pra frente
Surgirá o sentimento
Acenderá a vela do amor
Sim, a vela...
Pois assim tudo fica mais belo
Mais este ponto pode ter sido o fim
E também a destruição
Um ponto sem continuação
Que necessitasse continuar
Algo que não ocorreu e em seguida morreu
Talvez a frase lhe salvasse
Mais a boca foi incapaz de prosseguir
Maldita Boca!
Agora o coração sofre
A mente enlouquece
E o Corpo Treme
Boca miserável
Era só uma frase com ponto continuo
A boca e seus serviços inacabados
Agora não há mais tempo
Tudo terminou
Que este coração sofra a te parar de bater
Que a mente exploda com sua loucura
E que este corpo queime ate parar de tremer
Mais que você boca
Um dia tome coragem e faça aquilo que você veio fazer...
Marta Valeria
Ela não pára de falar
A hora não passa
E eu conjugo o verbo TÉDIO
O sol não se pôs
Mas o ocaso já passou
O relógio parou
E ate o tempo sumiu (?)...
As vozes estridentes
Penetram meu labirinto
E ficam por lá tinindo
Sem saber qual a saída
Minha cabeça dói
E a voz não cala nunca...
Devaneios, fugas e confusões
Por entre buracos negros
Todos fogem, todos fogem
Não fica ninguém
E todos estão aqui
Presentemente ausente
Sem corpo, voz ou alma
O sol não brilha aqui dentro
E as nuvens
Pintadas com caneta azul
Estão se dissipasando
Aquém vêm e vão, letras
Acolá vão e voltam palavras
Não importa
O que paira no meio
Porque todos estão mortos...
As forças todas do universo
Em cuja reflexão emotiva e sacudida
Minuto a minuto, emoção a emoção,
Coisas antagônicas e absurdas se sucedem
Eu o foco inútil de todas as realidades,
Eu o fantasma nascido de todas as sensações.
Eu o abstrato, eu o projetado no écran,
Eu a mulher legitima e triste do conjunto
Eu sofro ser eu através disto tudo como ter sede sem ser de água.
Mãe dos meus desejos quero ir contigo
Para o reino obscuro onde Marduk dormiu
Eu tentei ser um credor frio, humano
Agora vem a Jerusalém descortinada
Não em Babilônia, mas em holocausto
Que nosso Hamurabi não julgaria
Deusa suprema dos meus sonhos
Eu venero teu nome contra a fúria
Dos ventos na linguagem dos mortos
Eu já vivi este mundo bastante
Para saber que almas são escravas do poder
Tu es cicuta no vinho da santa ceia
Conceda-me o teu obscuro prazer
E deixe queimar uma pirafuneraria
Esse aroma escurecido que me faz sentir
Febril cada vez mais perto de ti.
Sou Deus
Sei que o espelho não mente
Que idade será que tenho?
Eu contava 19 anos
Mas parece que faz muito tempo
Meus olhos caídos e perdidos
O que houve com meus lábios?
Estão murchos...
Quantos anos tinha Jesus?
Quando decidiu que era Jesus?
Com que idade será
Que Dalai Lama vai morrer?
Lavo o rosto
A água enferrujada
Da Amazônia industrializada
Limpa meu rosto verossímil
Estou mais velho
A aparência jovem
Esconde o homem – das - cavernas
Sou sem rosto para se ver
A parte mais pura
De um silencio com palavras
Descobri uma parte sã
Nos 10 milhões de anos
Que viverei em breve
Quanto tempo será que tenho
Até torna um mortal?
O retrato de Cecília
Só vejo o olhar anônimo
Sem olhos
Apenas o castanho
Da tempestade que virá
Já nem sei onde ficou
O aspecto sapiente
Do velho monge
Em que cristal
Ficou imortalizado
O que serei agora
O que fui amanhã
O que sou outrora.