De certo modo, ventos de felicidades passarão por esta região e assim hoje pela manhã respirei este ar tão raro aqui dentro de mim.
Hoje acordei com algumas misérias de felicidades em mim, foi um dia diferente meu presente dia, meu presente dia...
Mergulhado em diversas filosofias e afins encontrei a felicidade, me sinto muito bem.
Manhã qualquer.
Soldados da paz.

Fracasso.


Depois de ter fracassado em diversas tentativas agora me vejo em uma situação de extrema agonia, com apenas um plano e um responsável, assim não vejo outra saída não sendo meu fim. Tenho o grande medo de não consegui o que considero único desejo do meu velho e fraco ser, não tenho forças suficiente para liquidar com o meu eu interior e minha mente já cansada. Desejo o fim dos meus sinais vitais, contudo me faltam-me forças.
Não sei se tive uma vida dignar até aqui, não sei e não me importo com isso, meu caminho até aqui não teve objetivo algum e minhas ações sempre foram realizadas em meu beneficio próprio, característico do meu egoísmo. Não consegui ser feliz e apensar de ter dedicado a humilhante vida que tive apenas aos meus ideais, não encontrei a felicidade. Certo vagabundo me disse uma vez que a felicidade encontrava-se em nossa mente, acreditei nessas palavras e fui atrás da felicidade, mergulhei em meus pensamentos profundos e na busca eterna da felicidade perfeita não encontrei e foi assim que me perdi em meus pensamentos. Agora me encontro aqui neste limbo, perdido e só, e o pior de tudo ainda não encontrei a utópica felicidade.
-Ele não sabe que a perfeição não existe?










Novos caminhos.


É necessário novos amores e novas paixões por uma vida boa 
Por uma vida plenamente
Por uma liberdade absoluta
Pela verdade. 
                       Há de ser apaixonar erroneamente,
                       Por alguém errado mal acabado
                       Uma pessoa que com todos os defeitos existente
                       Uma pessoa perfeitamente errada.


Desejo novos caminhos
Um novo mundo
Com novos ares e novos obstáculos,
Uma nova frase com sujeitos, predicados novos
Pode ser inventados
[Quero viver errado meu bem]

S/ titulo

O coração bate acelerado, descompassado,
se levanta vai até a geladeira e à abre, mas
além de abrir a geladeira, precisa abrir a porta
da casa e sair, é madurgada a rua está calma
segue ruas que não conhece, passa em lugares e
logo se esquece, sua visão está transtornada,
pensa em desistir, mas tem um coração que
insiste em continuar batendo, mas batendo
querendo parar, segue ruas e não para, toma
comprimidos sem limites de quantidade,
continua acelerando a motocicleta, porem a
velocidade é baixa, na sua mente alguem
está lhe seguindo, alguem está emergindo
na sua frente, freia bruscamente, e salta
violentamente, violento são os golpes aplicados
no ar, os poucos espectadores olham assustados,
ouve tiros de fuzil, motores de helicopteros,
percebe que a melhor alternativa é fugir,
neste momento seu corpo está tremulo,
têm dificuldade para segurar o guidão, mas consegue
fugir, trafega em alta velocidade, porem com nenhuma
vontade de continuar, resolve procurar os amigos,
porem acha melhor fazer uma visita para seus inimigos,
as ruas parecem todas iguais,
a localização se torna quase impossivel,
o combustivel começa a chegar ao fim,
seu corpo tambem, toda a energia está se esgotando,
a cabeça doi sem cessar,
a alucinação causada pelo remedio se transforma em dor,
e assim parece estar acabando mais uma noite tranquila...








INVARIÁVEL MATERIALIDADE

(...) Então nasce nele o estranho imperativo: ou parar de escrever, ou escrever como um rato... Se o escritor é um feiticeiro é porque escrever é um devir, escrever é atravessado por estranhos devires que não são devires-escritor, mas devires-rato, devires-inseto, devires-lobo, etc. Será preciso dizer por quê. Muitos suicídios de escritores se explicam por essas participações anti-natureza, essas núpcias anti-natureza. O escritor é um feiticeiro porque vive o animal como a única população perante a qual ele é responsável de direito (...) Deleuze & Guattari. Um trecho solto de Mil Platôs - Capitalismo e Esquizofrenia (1980). Uma epígrafe no vazio.



1. É detestável pensar no cotidiano como ele é construído, endurecido e submergido no tempo. É uma visão cruzada para elementos concretos e compreensíveis das criaturas que inventam mundo-perverso. Sofria bastante quando via calçadas imundas no centro, um meio-fio podre e lodo escurecido onde não pude debruçar-me. Padecia por não estar ali, dentro da imundície como qualquer larva que se relacionava com as outras. Era um existido que ecoava desespero somente em mim, a sujeira a qual os meus iguais não poderiam participar porque se sentiam lavadinhos mas haviam entupido todos os seus buracos com as materialidades, não lhes sobravam nem o anus onde a merda estava travada na entrada. Foi um evento pouco significativo, porém, oferecia a liberdade de esquivar-me da sociedade vomitada em ostentação. Era preferível mergulhar naqueles detritos mastigados e defecados. Isso não é um apelo a imundície.



2. Afundei denso. Fluía merda, e ela se fazia presente em todos os pulmões que absorviam o odor fétido flutuando sobre as nossas cabeças. Eu olhava com o corpo inclinado para frente e orgãos pendurados por fios, observava a geometria que ligava os indivíduos; linhas horizontais, verticais e uma fresta de fuga. Eu fugindo da materialidade, enxergava só materialidade. Era só aquilo que existia no vivido, no agora; metamorfoseado sem questionamentos, havia um circulo de indivíduos e um ordenamento deles em minha mente. Não era por acaso, mas era apenas uma fatia da imagem. O ambiente se restringia à uma coluna de concreto, degraus sombreados com quadriculados e muita imundície. O resto era meta-física diluída.



3. A coluna vertebral já ia bem amolada, o corpo estava pedestalizado neste obelisco. A traquéia demasiada ácida sentia cada saliva seca migrando. Um mal-estar proliferava no organismo, o sangue circulava morno. Esgotamento e enfrentamento. Uns quatro passos abaixo dos degraus e me apoiei na coluna de concreto; pensei o que constituía aquele instante, o gesto, naquele espaço vazio-social cada vez mais um todo-material. É como se o instante estivesse condenado às linhas que distribuíam os indivíduos que ao mesmo tempo se manifestavam através de uma linguagem. O instante indicava uma manifestação superior aos nossos pérfidos pensamentos. Um momento intenso sem preocupações mergulhado nas fezes. A memória se esvaziava e sedia lugar ao momentâneo, este se prolongava pela profundidade que mergulhava na reflexão das representações materializadas. Na realidade não é possível definir se são representações materializadas ou materializações representadas! Diria que enquanto vermes e micróbios envolvem o ambiente no espaço pútrido, a fala funciona como um mecanismo que possui um ponto de partida, seja ele um simples cumprimento ou um diálogo extenso. O ponto em discussão é para onde esta fala migra, se migra ou se possui um ponto de impacto que atinge o sujeito. Não creio que ela seja inerte, as fezes não são imóveis, não se originam da digestão: fluxo ordenado de idéias, posteriormente paralisadas no fundo estomacal. É necessário ter um caos cá adentro para gerar uma merda. Diria então que esta conexão dos indivíduos é uma fala, a linguagem dos materializados, daqueles que falam muita merda. Lembro que esta conexão a qual me refiro agora não é geométrica, mas aleatória, se enfia em qualquer buraco ou pode sair de qualquer orifício, como fezes. Ela parece fluir no popular. Não é uma questão de desperdício do discurso, mas é a assinatura do óbito histórico?

S/ titulo

Repentinamente, o semáforo
fica vermelho, repentinamente
parado observa o movimento ao
seu redor, percebe que a pessoa
que te acompanha, não é a desejada
aquela pele clara não lhe atrai, o
movimento dos veículos é tenso,
porem os pensamentos lhe lançam
para um passado recente e tudo
perde significado, deseja a solidão
porem tem medo, parado ali em um cruzamento
qualquer, em uma cidade qualquer, com qualquer
pessoa, uma luz verde se acende, todos seguem,
e pressionado pelo fluxo, flui, mas logo desiste
de continuar, continuar para onde?; para que?;
dispensa sua companhia, como quem dispensa uma dose
de qualquer bebida, nesse momento existe um pequeno
conflito, mas para quem deseja a solidão se deve ter coragem
de abandonar, sozinho tudo se torna mais fácil, a velocidade
aumenta, uma velocidade sem destino, o drible nos veículos, que
trafegam calmamente faz subir a adrenalina, e com toda a força,
resolve ir em busca da pessoa que lhe fez sentir feliz um dia,
esse dia está perdido em uns dois atrás, ou quem sabe nem tenha
existido, e outro detalhe importante é saber onde encontrar essa
pessoa, tem uma noite inteira pela frente, tem essa noite para esse
encontro, a revolta lhe remete para o crime, crimes que já foram praticados
com muita mais coragem e vontade, e depois de passar quase meia década,
escondido atrás dos livros, escondido com novos "amigos", resolve levantar
novamente a bandeira, de vingança e a busca incessante por adrenalina, muitas
vezes até conseguia adrenalina se ocultando nos arredores da cidade, para usar
qualquer coisa ilícita, mas isso já não satisfaz, os crimes são verdadeiros,
as consequências são castigos pra algum dos lados, a madrugada avança, as mãos ainda não estão estão sujas de sangue, sua busca pela pessoa desejada já está se tornando em vão, decide não procurar ninguém, nessa noite, e na madrugada solitária, os mais terríveis pensamentos lhe assombram, quem será o próximo "culpado", como saciar esse psicodélico desejo de fazer as pessoas sangrarem, a sensação é parecido com o reencontro com uma droga que não é consumida por muito tempo, e quando recomeça não quer parar, não consegue controlar, algumas pessoas insistem em te ligar, mas seus pensamentos psicodélicos impedem de atender, quando decide para em um bar qualquer, em uma rua qualquer, a pessoa desejada é encontrada com um estranho sorriso, toda sua irá se torna confusa, como carregar o bem e o mal dentro de uma cabeça, consumida pelo tempo, o dia está preste a amanhecer, logo o trabalho o espera, e novamente os piores pensamentos vão ter que esperar uma próxima noite para ser posto em pratica.......

S/ titulo

Repentinamente, o semáforo
fica vermelho, repentinamente
parado observa o movimento ao
seu redor, percebe que a pessoa
que te acompanha, não é a desejada
aquela pele clara não lhe atrai, o
movimento dos veículos é tenso,
porem os pensamentos lhe lançam
para um passado recente e tudo
perde significado, deseja a solidão
porem tem medo, parado ali em um cruzamento
qualquer, em uma cidade qualquer, com qualquer
pessoa, uma luz verde se acende, todos seguem,
e pressionado pelo fluxo, flui, mas logo desiste
de continuar, continuar para onde?; para que?;
dispensa sua companhia, como quem dispensa uma dose
de qualquer bebida, nesse momento existe um pequeno
conflito, mas para quem deseja a solidão se deve ter coragem
de abandonar, sozinho tudo se torna mais fácil, a velocidade
aumenta, uma velocidade sem destino, o drible nos veículos, que
trafegam calmamente faz subir a adrenalina, e com toda a força,
resolve ir em busca da pessoa que lhe fez sentir feliz um dia,
esse dia está perdido em uns dois atrás, ou quem sabe nem tenha
existido, e outro detalhe importante é saber onde encontrar essa
pessoa, tem uma noite inteira pela frente, tem essa noite para esse
encontro, a revolta lhe remete para o crime, crimes que já foram praticados
com muita mais coragem e vontade, e depois de passar quase meia década,
escondido atrás dos livros, escondido com novos "amigos", resolve levantar
novamente a bandeira, de vingança e a busca incessante por adrenalina, muitas
vezes até conseguia adrenalina se ocultando nos arredores da cidade, para usar
qualquer coisa ilícita, mas isso já não satisfaz, os crimes são verdadeiros,
as consequências são castigos pra algum dos lados, a madrugada avança, as mãos ainda não estão estão sujas de sangue, sua busca pela pessoa desejada já está se tornando em vão, decide não procurar ninguém, nessa noite, e na madrugada solitária, os mais terríveis pensamentos lhe assombram, quem será o próximo "culpado", como saciar esse psicodélico desejo de fazer as pessoas sangrarem, a sensação é parecido com o reencontro com uma droga que não é consumida por muito tempo, e quando recomeça não quer parar, não consegue controlar, algumas pessoas insistem em te ligar, mas seus pensamentos psicodélicos impedem de atender, quando decide para em um bar qualquer, em uma rua qualquer, a pessoa desejada é encontrada com um estranho sorriso, toda sua irá se torna confusa, como carregar o bem e o mal dentro de uma cabeça, consumida pelo tempo, o dia está preste a amanhecer, logo o trabalho o espera, e novamente os piores pensamentos vão ter que esperar uma próxima noite para ser posto em pratica.......

Se o Estado líquido for história

O líquido que fluí e impera na atmosfera da história
É um enorme rio violento e amargo
Derrama o seu caldo em todos os espaços
Destrói o que está organizado
Apaga os escritos mais anarquizados
Extingui o oposto, irregular e o avesso a sua correnteza

O líquido fluí por todos os buracos que falam
E transborda pelas porosidades que se calam
Penetra nas fissuras
Modela as estatuas solidificadas
Desfigura os mais friáveis

Um fogo que se ergue é apagado
Ventos violentos não alteram a direção
O fluxo é único, avassalante
Não sobram ilhas, nem margens
Fica tudo bem lavado
Atmosfera histórica limpa

Há um horizonte muito claro na metamorfose do tempo

O que resta é contaminar esta água que almeja a limpeza
No movimento do avassalador
Deve conter pedras capazes de mudar o seu curso
As margens que o controlam
E os seres vivos que o contaminam de idéias

Conforme a história, o líquido tem um temor
O vácuo, o vazio...
Se isto ocorre é em virtude de um volume sólido
Impermeável, duro e sem fissuras
O líquido o contornará
Mas se este crescer terá todos os espaços
De forma que o rio perde o curso
Submerge no nada
E o sólido encrava na história
Como martelos que quebram ampulhetas e espalham a areia no tempo
Quando a orquestra cadavérica de Satã chegar
Não haverá cântico, apenas massacre
Falantes cadáveres infernais
Berram mil vocábulos diabólicos
Dentes que rangem como cães famintos
Batidas flamejantes
Rugidos ofegantes
Estrondo de blasfêmias
O eco incomodará os mais escondidos
Temor e vomito negro
Como carniças que fedem
Cristãos fodidos
Demônios sopram em flautas ósseas
Tíbias do rebanho porco
Exala o odor e clama destruição
A escuridão que contorna o ambiente
Também abraça a sinfonia doentia
O fogo inflama nos corações negros
Incinera os crucifixos
Desgraça o sentimento humano
Que devora o sagrado
Engole incontestavelmente insano
E cospe desagradavelmente profano
Em uma aula de historiografia, um professor nos disse que os escritores revelam muito mais em seus textos o seu próprio “eu” do que propriamente o objeto ao qual ele se refere. Desde então percebi como ele estava certo, não porque vi o egoísmo de alguns autores cravados nos livros de história, mas o diálogo que muitas vezes empreendem se colocando cada vez mais dentro dos eventos. O que dizer de documentos não escritos? Estes sim são as portas abertas para liberdade da escrita histórica, sem invocar arqueologismos, etnologismos ou qualquer outro cientificismo comprometedor.



Arte-fato.

O artefato admira. Com repulsa, desespero ou angústia? É um olhar que revela apenas o solo escuro, vestígios de seu desterro longínquo à volta a história que existiu distante. Talvez um pouco de memórias de subsolo, faz com que ele [o artefato] reflita à medida que a noite caía e que a obscuridade se fazia mais densa, minhas impressões e em seguida minhas idéias se misturavam, se confundiam. Havia alguma coisa em mim, no fundo do meu coração, no fundo da minha consciência, alguma coisa que não queria morrer e que se revelava por uma estranha angústia (F. Dostoiewski).
Ainda respirava... Estranhamente suspirava memórias pelos dois orifícios abaixo do olhar enigmático. O nariz não estava confortável com o solo que o cobriu durante todos esses anos. Não estava preocupado com os micróbios nem mesmo com as atividades bióticas que ocorriam ao seu redor. Só desentendia porque tanta vida num espaço de morte.
Ele gritará aos subterrâneos, mas ninguém o ouvia. A boca com um vácuo esferóide, muito profunda, fez ecoar na eternidade o esquecimento. Ninguém recorda, mas ele sabe o que pronunciou, logo ali, abaixo de nossos pés. Estava lá todo tempo se expressando, queria morrer, deveria ter morrido. Por mais que tenha erodido sua face, ele continuou por ali, não se movia. Mas de tanto querer ser humano, a argila se fez homem e eternizou num grito de insurdescência aos artesãos [surdos] modernos, que modelam a contemporaneidade silenciosamente.

Hermano,

Minhas paixões estão sem controle, minhas noites estão em claras e agitadas e meus sentimentos apodrecem no canto de uma cela qualquer.

Querida,

O que sinto por você não pode ser medido nem vendido, pois é vazio e leve e o único peso que aqui há e o de respeito a sua morte em minhas memórias póstumas.

Mamãe,

O sexo que fazíamos quando jovem já não me traz o mesmo prazer, hoje transar com você já não significa mais nada para mim. Suas lágrimas não me afetam, seus gritos eu já não escuto os meus desejos giram entorno de nossa morte.

S/ titulo

O que queríamos?;
alguém consegue
lembrar?; o que
queríamos? nunca
será lembrado,
estávamos ali, parados
sentados, olhando, conversando,
os assuntos nunca passavam de pessoas,
atitudes, representações, alguém teve uma
ideia, uma piada?; porque os risos?; são
ideias, pena que ninguém falou, da calça
suja de nenhum, ou da resposta tensa do
outro, falavam de ideias e nunca poderiam
entender, todos ali esperavam uma grande
ordem, ou tudo se ganha ou tudo se perde,
mas porque essa ordem não chega logo?;
aos que esperavam com pedras nas mãos,
já tem suas mãos sangrando, machucadas
pelas pedras, os que esperavam com flores
já tem suas mãos feridas pelos espinhos
das rosas, e a maldita ordem ainda não
chegou, o que queríamos, quando nos jogamos
para fora do ventre no mesmo dia, no mesmo ano,
no mesmo mês, e recebemos todo
o a-feto que nos foi fornecido, queríamos,
que todos passassem a mão sobre nossas
cabeças, e vivemos assim por muito tempo,
até que o dia chegou, estamos jogados
no lixo e ninguém nos vê, porque
passamos a noite discutindo sobre
o vazio e o ser?; diante do exposto
tomamos a seguinte decisão:..................

S/ titulo

O que vale a pena?
pena que estamos vivos
noites transpassadas
vidas passadas, vida
curta esperamos tanto
e nada vem, e quando
vem é uma merda de um
onibus, um metro caindo
aos pedaços, nos jogando
no chão, jogando bem além
do chão, pena que não existe
inferno, se existesse é lá que
estariamos, jogados pisados,
esperando toda a merda vomitada,
arremessada, estamos aqui ainda,
vendo o que não queremos, ouvimos o
que não queremos e o pior de tudo,
não entendemos, não entendemos essa sua
cabeça depravada, frases que matam, mortes
inconscientes, inconsciente foi a noite,
em que morreram o mais fortes dos guerreiros,
herois que nunca existiram, perdas somadas
aos milhões de reais jogados fora, por corrupção,
por distração, e distraido seguimos a estrada que não
tem fim, que não está em nós, estradas que só trazem dor,
amor que nunca existiu, amor que reprimiu, reprimidos seguimos
a linha, a linha da morte, a linha da vida, vida e morte
se confundem, quem nunca morreu nada dirá, os que morrem
continuam calados, o silencio não erra, eramos quando
falamos, erramos porque o certo é errado, ainda não
sabemos porque continuamos, continuar pra que?; se vamos
dar a volta em tudo, voltas que nunca serão iguais,
vidas que jamais ressucitam, estava tudo errado,
errados estamos nesse mundo certo...

S/ titulo

Insuportavel, era assim que podia
se definir aquela tarde, ou aquele
fim de dia, a estrela brilhante
estava torrando a paciencia de continuar
respirando, velocidades que ninguem consegue
entender, numeros que matam, que assutam,
o transito era um reflexo do insuportavel
naquele fim de dia triste, quase não se podia
ver os passaros, e nos meio daquele calor
escaldante, até as aves buscavam refugios,
e em um minuto de fama, um minuto de drama,
um passaro foi visto, parado ali no meio do
movimento, no cruzamento, cantando canções
vitoriosas enquanto a luz vermelha do
semaforo não se apagava, e logo já
vinha uma luz verde, que indicava
liberdade, e novemente velocidades,
agressividades, que se somavam a novas
estatiticas, o mundo naquele momento não
andava tão calmo a ponto de romantizar
o canto de um passaro, mas esse foi o motivo
que amenizou o peso do dia, as ruas empoeiradas,
a sujeira na estrada e alguem da sacada do apartamento,
olha o jumento carregando agua, para onde os canos não
chegaram, onde as dificuldades são maiores,
onde a comida nem todo dia vem, onde as letras,
são bastantes complexas e um conjunto de letras
não formam nada, onde os cantos dos passaros ainda
são aprecidos, na calmaria de onde tudo é dificil
os passaros ainda tem seu valor, pois cantam de graça,
para os ouvidos do pensador

S/ titulo

Poderiamos estar comemorando,
mas não estamos, mesmo com a noite
suave e a bebida gelada e a comida quente
não comemoramos, pois alguem nos disse
que Friensky, não estava mais entre nós,
nesse mundo consumido, ainda não sabemos
o motivo de sua morte, ele trabalhava durante
o dia todo e até alguns pedaços da noite,
todos acreditam que o brother Friensky,
morreu no trabalho, porem seu corpo foi
encontrado embreagado e jogado em um bar,
alias em mais um bar, uma pessoa que nunca
bebeu e não gostava da amargura das bebidas fermentadas
a viva já lhe era muito amarga,
e então podemos comemorar o que?
vamos celebrar a passagem da vida
terrestre para a vida celeste?
não é nosso prestigio,
poderiamos nos lembrar, dos
dias crueis na fabrica, das
mãos calejadas, das mãos quebradas
dos sonhos que sumiam, a cada queda
da lamina que cortava chapas, cortavam
pensamentos, ideias, no caso do Friensky
cortou seu corpo, se tornou morto,
e ao contrario do que alegaram, ele não
estava muito louco,
talvez aquelas mãos cansadas de verificar
cabos eletricos, eletronicos, eletrons
que contaminavam a mente e na tarde, poderia
ter influenciado na tentativa de matar seu
patrão, e duas horas mais tarde, foi encontrado
morto no bar, esse deve ser o mundo em que vivemos
esse é o mundo em que morremos, esse mundo é onde
comemoramos todos os dias todas as mortes, todos
os indios, todos os cablocos, todos os escravos,
todos os membros do sub-mundo, todos da cana, todos
da soja, do milho, madeira, petroleo foram mortos
como voces, como nós.

Quando criança a primeira vontade que tive foi a de querer morrer, naquela época diziam que eu era doente, diziam que eu sofria de algum mal, do fígado ou do coração mesmo. Sei apenas que os meus médicos sempre negaram de qualquer enfermidade em mim, contudo tenho certeza que sofro de algum mal desconhecido deles.

Durante minha infância cresci aproveitando ao máximo os prazeres ilusórios da vida. Acreditava no que não se podia ver, mesmo assim era feliz e como era. Estes sentimentos sombrio, depressivos e angustiantes nunca estiveram presentes durante minha infância, mas naquela época não havia tristeza me mim, como era bom ser criança. Isso durou até quanto eu descobri que tudo não passava de mentiras, sofri tanto com essa descoberta, como sofri. Lembro-me que a minha votante de morrer permanecia e os meus planos para um possível suicídio estavam se concretizando.

Quando cheguei à puberdade eu sangrei e chorei muito. Conheci a angústia e a depressão, entretanto, eu não sábia mais o que era certo e o que era errado. Naquele momento eu estava sem caminho a percorrer e resolvi desbrava o mundo da ilusão. Entrei em um caminho torto, estava cansado de sofrer e fui atrás das paixões e da felicidade e foi assim que encontrei a fantasia. Cheguei há estar alegre no mundo das fantasias, porém apenas durante o dia, o meu problema era durante as longas noites, nessa época o meu melhor remédio era eu não ficar comigo mesmo, o que acontecia com freqüência nas madrugadas. Nas madrugadas eu tinha muito tempo para planejar os meus velhos planos da infância, planejar a minha morte.

Hoje sou um homem doente... Um homem mau, um homem desagradável[1], vivo de cama com a saúde muito debilitada. Se fui uma pessoa boa ou má, não sei, apenas sei que nunca desejei estar aqui neste lugar miserável e vivo, sempre me senti obrigado a viver e hoje percebo que a vontade de me matar foi o que me manteve vivo. E como dizem os filósofos, que a única questão digna de reflexão é o suicídio. E afirmo com orgulho que foi sobre este tema passei grande parta da minha vida a pensar e é por isso que acredito estar vivo.



[1] Em referencia à Memórias de subsolo.

S/ titulo

Amanheceu novamente,
ferozmente, a briga da
ultima noite não foi
suficiente para livrar
essa força acumulada
e contida, os corpos
ainda estão machucados,
ainda estão destroçados,
muito mais e muito menos
que corpos temos mentes que
alucinam com apenas um copo
de agua, que nunca serviram
para nada e por falar em nada
vem logo aquela ideia uniforme
de tudo, onde poderiamos nos
esconder se as estrelas começassem
a cair?, onde tudo é destruido e nada
passará camuflado aos olhos do senhor,
senhor porque vossa alteza não vai
a merda?, gostaria de poder viver mais com
tudo e esquecer desses nadas, e tu nadas?
sem motivos, nem objetivos, era o que o cara
do microfone gritava e ninguem podia entender,
nem mesmo quem vivia no quase inconsciente,
incompreenssivel mundo de sangue, merda, lixo,
já falamos dos senhores?, multilação, violencia,
Lucy ainda lembramos de suas alegrias, na ultima
semana ganhou o premio de melhor amiga, melhor amante,
melhor delirante, mais nesse muito o que dura mais de 7, 10,
100, nada podemos esperar da tendencias, as tendencias são
essencialmente suicidas, poderiamos nos enforcar agora, mas não vamos
sabe porque?, porque no minimo gostamos dessa merda, desse esgoto, já falamos
dos senhores?, porque voces inexistentes leitores não nos deixam em paz?,
parem de ler isso, nuncam entenderam mesmo, se quiserem podem ir a merda
ou se for para mudar entre na cabeça de alguem e em breve mudaremos essa merda
que todos chamam de terra................
Prostração

O sentimento jaz aqui dentro

O fogo queima a pela e destrói as cinzas

Minhas palavras me engasgam e se acumulam dentro de mim.

O que antes era fácil hoje é me destrói e me transforma em pó

Prostração

Os meus dias são funestos

Os melhores sentimentos que hoje vejo estão expostos em estantes coloridas

Os corpos vazios caminham sem rumo

Justificam estes movimentos como uma fuga desta realidade...

[A fuga das realidades é o único meio de viver]

Os corpos vazios

Pessoas gordas, feias, magras, velhas e sarnentas

Prostração

Tento esquecer que faço parte do pior

Entro em meus sonhos procurando as cores que me alegravam quando criança

Não consigo encontrar motivos para uma vida digna

Prostração

Busco o transcendental de papeis brancos

O desespero em mundos metafísicos

Entro num profundo mundo solitário

Desejo que o fim seja o melhor começo.

Prostração.

S/ titulo

Já se passaram muitos anos,
voce não vai voltar, todos
imaginavam isso, tudo não
passou de um sonho bom,
ainda temos armas nas
mãos, não temos nenhuma
solução, olhavamos a estrada
e sentiamos dor, amor, e voce
flor negra não voltará enquanto
essa triste cidade perdida existir,
tudo que nós restou foram lembranças
de quando voce horrivel flor negra, cortava
ou melhor rasgava o chão empoeirado das
cidades, nossa mente já comprometida,
por muitos complexos e traumas, ainda eramos
obrigados a cheirar aquela fumaça, seria bem
melhor flor negra, se estivessemos em uma camara de
gas e morrendo, sonhando, transpirando, pirando
e no apice da perdição imaginavariamos voce nua
em nossa frente com o seu mais horrivel e podre
corpo, corpo sem massa, sem asas, e as petalas e folhas,
já foram derrubadas por nossas armas de repetição com canos
refrigerados à sangue, quando estavamos pensando em partir para
o leste e saquear, assaltar e demolir as construções da ciencia,
voce flor negra, foi mais rapida e quando ainda estavamos arrumando,
a bagagem, recebemos a noticia dos mais diferentes jornais
que tudo está acabado, estavamos sos neste mundo, tudo mudou, os olhos
e as bocas dos aflitos nunca mais tiveram paz, e agora flor negra da galaxia
perdida, sinto que é hora de partir não sabemos para onde, porem a estrada é longa
e as curvas são bastante fechadas, não confiaria em ti flor negra, mas desafiou nossas vidas e se pos em um perigo eminente