Covarde

Sou Filho do carbono, em zona de impacto.
Sou o próprio impacto, mole e frágil.
Sou pornográfico, padre, pastor, tarado.
Sou errado, voto em quatro e quatro anos em safados.
Sou alinhado como servo do estado.
Sou ignorado pelos meus RATOS.
Sou mimado, talvez asco.
Sou democrático, alienado pela cruz e pelos RATOS.
Sou revolucionário, em uma ditadura de proletariado.
Sou ateu, bebo Coca-Cola, todos os sábados.
Sou nacionalista, fugindo do meu belo pais.
Sou pobre, metido a burguês, sem nenhum vintém para me fazer feliz.
Sou demasiado, latino-americano, sonhando com a Europa e outros cantos.
Sou otário, esqueço do meu recanto.
Sou amargo, com sonho comunista, e ideal americano, que ao fim do dia fico em,
Prantos, sem almoço e janta, só com rapadura e farinha.
Escuridão Quente

As coisas claras me noturnam
Da luz eu me desfaço,
Mas é a Dama das Trevas que me suga
E na escuridão que eu me acho...

Odeio a luz!
Sou filho do escuro
Desejo a dama das trevas
Que me torna sombrio e puro

As coisas frias me entristecem
A verdadeira donzela esta no calor...
A solidão fria me aborrece!
A Sra. Quente das Trevas é o verdadeiro amor...
Nasci na chama quente da ilusão,
Sou trivial e vim causar a quente fulguração!

No escuro não existe dor...
Anseio a donzela sensual
Em uma escura e quente paixão infernal!

Uma linda mulher que viverei o ardor...
[todos os desejos carnais]
Apaga-me. Joguem-me na escuridão...
Longe dessa maldita solidão...
Eu e ela na quente escuridão.
Romântico por um dia


Meu amor,
hoje estou romântico pra porra.
Sem bebida alguma
só com o poder do nosso amor.
Ao som de "Hoje à noite não tem luar"
eu te escrevo um verso.
É de amor viu?! Não se confunda.
Estou pensando em você
mas você não está aqui.
Por isso eu tiro meu sangue
me firo e não sinto dor.
Te espero aqui
mas não tem luar hoje mesmo.
Só um céu negro
sem estrelas.
Elas se esconderam
e celebram a ignorância humana
que nunca vai entender nada.
Mas isso é um verso de amor, viu?
Não esqueça.
Vem cá meu bem
que é bom viver
O mundo anda tão complicado
e hoje eu quero fazer tudo por você.
Não se esqueça de mim
estarei rezando por você
e pelo nosso amor.
Vamos fugir por um dia?
Ou por uma noite você escolhe.
Pode até ser pela vida toda.
Quero aproveitar você
Quero aproveitar o pôr-do-sol
o ocaso que só nós temos
na beira do Madeira
A Amazônia bela
que alguns querem destruir.
Só que isso é um verso de amor.
E escrevo sem as mãos
só com o poder das palavras
que eu invento para você.
Neste amor invencriado
que unicamente a nós pertence.
E que eu poetiso
mas não tenho atributo algum de poeta.
Te gosto muito viu?!
E não esqueça
mesmo com todo este sangue
sobre o peito sôfrego
Ainda assim isto é um verso de amor...

Agora e nunca mais


Não sei se é inspiração mas às vezes vem um monte de idéias
Como se fosse atacado por um monte de monstros
Alguém disse que escrevo bem mas nem sei o que escrevo
E nem sei o que penso muito menos o que eu sou
Talvez seja igual a todo mundo só que com um parafuso a mais
E agora, só agora, estou aqui pensando no que serei depois que acordar
Este sonho é tão idiota que acho que estou fora da minha cela
Estive tentando entender, mas só encontrei perguntas
Talvez eu nunca entenda porque nem sei qual é minha dúvida...

t.



tp.



tmp.






tempo.
Já fui romântico
Já fui Malandro
Agora, sou um louco
neste espaço
empedaços
Louco/demasiado/apaixonado
Amado
permaneço aqui
In-movel
esnquadrado
Morto
Auto-estrangulado
ao seu lado
alucinado...

"são palavras envenenadas
que o vento traz
mas nunca tiram a vida
só conseguem prolongá-la
num eterno homicídio
do corpo e da alma..."
Desconcerto
"Poesia"

Qualquer guerra é guerra,
não existe guerra santa
nem grande guerra,
toda guerra é uma merda
e não me fale em bela guerra,
mas que fique bem claro,

toda guerra é uma
verdadeira MERDA......



Um beijo!

Um beijo, Amargo.

Amargo?

e doce.

Amargamente doce...

Um beijo amargo e doce!

Uma pessoa.

Amarga!

Um amor de pessoa.

com um beijo amargo.

uma pessoa amavél,

amando uma amarga pessoa?

Quem disse que nossa geração está perdida?
Nós temos educação
Que achamos dentro de nós mesmos
A escola é só passatempo
Nós temos cultura
Que nós mesmos buscamos
A TV é só perda de tempo
Nós temos humanidade
Que já nasceu conosco
As guerras são para os tolos
Nós temos solidariedade
Que aprendemos com o amor de nossos pais
O governo já não atua mais
Nós temos esperança
Que entendemos
quando vemos a pipa voar alto
O preconceito é o pior dos atos
Nós temos objetivo
E mesmo que às vezes
Pareçamos inconsequentes e perdidos
Sabemos onde estamos
E no fundo
Sabemos onde queremos ir
Nós amamos o nosso país
Mas parece que quem nos governa
não pensa assim
Nós somos filhos de nós mesmos
Somos herdeiros de nós mesmos
Crescemos e somos fortes
Quem disse que nossa geração está perdida?

Fui conduzido a outro lugar
Para a maníaca quase sedutora
Estrela do mar

Percorri um corpo fascinante
Em fulgurações mordi seios
Crivando o peito sufocante

Penetrei com prazer
Pálida, cabelos soltos e olhar sem vida
Para possuir, gemer e estremecer
Eu cuspi em sua ferida

Fluxo, refluxo! Ela Segura minha ereção
Orgasmos ressuscitados
Em meio à masturbação

Um fingimento labial
Que vai de sua garganta ao ânus
Anseio saturnal da espuma vaginal

Minha ambição foi uma total submissão
Aprisionado a tua cavidade genital
Adentrei como anfitrião
Cobiçando o orifício anal

Estrela é prostituta mascarada
Nesse mar lívido ejaculei sangue
Quando a deixei de língua costurada

A teu raio cínico agora abandonado
Emiti fezes na face mentirosa
Vociferei excitado amor inebriado
De que serve a bondade?

De que serve a honestidade?

De que serve a humildade?

De que serve a paz?

De que serve a sabedoria?

De que serve o amor?
Fatídica Esperança

Entregue ao ócio Eu somente respiro fuligem

Nenhuma demência, maculada distinta,
Somente o tédio de origem...

Ocasião angustiante de gemidos
Nascido na barisfera severa
Unido aos abortados oprimidos
É a obra bastarda da nova era

Este fastio repartido ao meio
É para ídolos e fetos ausentes
Como essa fatia de asco que semeio

Amarga é a união
Um desgosto espúrio ao amor
Suave é a desocupada depressão
Para o maléfico embrião filho do horror!
Talvez

Talvez eu seja só um cara normal

com manias esquisitas
Talvez os chamados
que me fazem as poesias
dos poetas mais vagabundos
sejam só invenções
Talvez as artes
tenham me ignorado
Talvez por isso
meus escritos são tão etéreos
e sem valor vital
Talvez a fria solidão da madrugada
tenha achado em mim um amigo
Talvez a escuridão
tenha visto em mim
alguém para compartilhar segredos
Talvez eu tenha me perdido
no caminho dos livros proibidos
Talvez a covardia
tenha me adotado como filho
Talvez meus amigos
sejam só meus amigos
e não daquele que
eu realmente sou
Talvez eu nem esteja morto
E talvez até as dúvidas
não sejam nada mais
que talvez...