Sem nada a dizer,
Digo sem nada o
Que fazer decidi
Fazer nada e assim
Preencher o tempo
Que me consome
E que é consumido
Sem nenhuma reação
E assim somos nos
Que de tanto nada
Fazer somos consumidos
Por nos mesmos
E começamos a vomitar
Todo esse lixo que é
Nosso e que é nós
E que por mais que nos
Consumimos mais esse
Lixo aumenta e quanto mais
Lixo temos, menos entendemos
E o mal do seculo é isso: temos,
Não fazemos, queremos não fazer
Não temos nada a dizer só a seguir
A repetir, e a sacudir a cabeça essa fabrica
Infalivel; inesgotavel; inmunda; in -teligente
Como se fossem cachorrinhos carentes querendo
Um prato da sua ração ou querendo alcançar
O saco de lixo que está na lixeira.
E é isso o que queremos nos alimentar
Sem nada querer fazer a não ser comer,
Sem nada querer entender e todo esse lixo
Que todos ( eu) produzem está me fazendo muito
Mal, estou ficando mal estou querendo
Não estar, depois de tantas buscas já não acredito
Que esse lixo um dia vai não estar no mesmo
Lugar/momento que essa pessoa que sou eu.
De todas as maneiras que usam para produzir lixo
Um sempre se sobre sai um aparelho que todos
Compramos e que é ligado ao mundo por uma antena
Capaz de coletar todos os requisitos necessarios para a produção
Esse aparerlho é mundialmente conhecido por tv
Ele é capaz de fazer jorrar milhões de toneladas/segundos de lixo
Na nossa frente para que possamos continuar
A produção individual e depois de tanto
Falar de lixo estou me sentindo tal mal
Que já não posso continuar,
E continuando o meu nada a dizer, digo:
Queria ter alguma coisa pra dizer e sem nada
Dizer estou saindo sem nenhum minuto; sem hora; senhora
Me ajude a encontrar a hora que me perdi a uns
Cinco anos atras e possa sair desse
Lixo e se não puder me ajude a não o ve-lo
Para que eu possa me sentar em frente
A tv e assistir tudo como se nada fosse lixo
E como todos, ter algo a dizer (mesmo que seja lixo)
E sem nada a dizer, digo,
Sem nada fazer, faço nada
Vou embora para lugar nenhum.

3 comentários:

Anônimo disse...

Não. Não escreves. Não sabes o que é isso. O que fazes é torto, impossível, assimétrico. Tuas letras são amorfas, incompreesíveis. És um anjo guacho, o que fazes em vida? Nadas sabes, nadas possui, és um pseudo-ser! Sinta a raiva apoderar-se de ti, oh pobre criatura, o mente que nada absorve!
O barco está furado.
Veja, já me afoguei...
Já me afoguei...

Dona Maria disse...

"E sem nada a dizer, digo,
Sem nada fazer, faço nada
Vou embora para lugar nenhum."
Lindo.

Zinco disse...

"Me ajude a encontrar a hora que me perdi..."

Não esquenta, um dia você se encontra... No meio do lixo...
É por aquém que todos estamos
Dentro de nós mesmos.



Reprimenda: O texto é enfadonho e meloso, horrendo eu diria...
Mas palavras são palavras
O sentido é o que queremos que seja.