O ESTADO MÓRBIDO

Noite paradisíaca, Jesus dorme Ainda
Eu sustento toda madrugada
Com uma grande fantasia caída...
Sem fôlego eu mergulho profundo
Escondo tédio e fim
Preencho o vazio do mundo
Eu oculto a insignificância apenas de mim

Despejaram cinzas e confessei tudo ao tempo
Como tentara uma vez revelar o inferno
Mas venerei meu próprio sofrimento.
Resolvi ser Caliban,
Porem era fraco como ariel.
Exaltei Cain pela manhâ
Mas na noite obedeci a maldade de Abel...

Eu alcanço Deus com geometria e não no amor
Apocalipse é uma corrente subterrânea fria
Que aperfeiçoou prazer e intensa dor.
Quando o Genesis perde o ar e a calma
Lamenta-se pela atmosfera
O vento desordena toda a alma
Desconfio que meu espírito fugiu da nova era.

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